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Raciocínio Lógico – Princípios Básicos

Pontos iniciais para começar a entender a disciplina de Raciocínio Lógico, recorrente nas provas de concurso público.



A disciplina de Raciocínio Lógico é bastante cobrada nos concursos públicos, com destaque para aqueles que se destinam ao provimento de vagas em carreiras de ensinos fundamental e médio.

Apesar de recorrente, muitos candidatos se deparam com muitas dificuldades ao encarar as questões de Raciocínio Lógico, muitas vezes por não entender o que está sendo proposto nas alternativas.

O primeiro passo é compreender que o Raciocínio Lógico envolve proposições, ou seja, afirmações que provam, suportam algo, exprimindo pensamento que têm sentido completo. Este pode ser negativo ou positivo, como nos exemplos abaixo:

  1. Mariana gosta de maçã (positivo)
  2. André não gosta de maçã (negativo)

Os exemplos acima ilustram proposições que, nada mais são do que sentenças às quais é possível atribuir valores lógicos, ou seja, verdadeiro ou falso, porém, nunca os dois. As proposições são, então, sentenças fechadas.

São princípios do Raciocínio Lógico:

  • Princípio da Não Contradição: nenhuma proposição é verdadeira e falsa ao mesmo tempo (o céu é azul ou não é azul, nunca ambos)
  • Princípio da Identidade: determina que tudo é igual a si próprio (gato é um gato – B = B)
  • Princípio do Terceiro Excluído: a proposição só pode ser verdadeira ou falsa, não existindo possibilidade de uma terceira opção (aprender novo idioma é fácil ou difícil, não há meio termo)

O que comprova a veracidade das informações são os chamados conectivos lógicos. Estes unem as proposições ou, ainda, as transformam em uma terceira. Vejamos:

  • Conjunção (símbolo ^): une as duas proposições, formando uma terceira. Neste caso, o resultado só é verdadeiro se as duas proposições originais as forem. Caso uma delas seja falsa, o resultado dará negativo. Vejamos o exemplo prático ilustrado:
  1. P ^ Q (O doce é caro e o suco não é gostoso)
  2. P ^ Q (Felipe é jornalista e Maria é engenheira)
P Q P^Q
V V V
V F F
F F F
  • Disjunção (símbolo v): une as duas proposições e é representada pelo conectivo “ou”. Neste caso, o resultado é verdadeiro se, ao menos, uma das proposições o for. Vejamos o exemplo prático ilustrado:

** Disjunção inclusiva: relaciona as proposições simples com o conectivo

  1. P v Q (Comprarei um relógio ou um anel)
P Q PvQ
V V V
V F V
F V V
F F F
  • Disjunção exclusiva: relaciona valores lógicos, nas quais a proposição é verdadeira quando uma for falsa e, a outra, verdadeira. A operação é considerada falsa quando as duas proposições forem verdadeiras.
  1. P v Q (Ou esse mês é julho ou é junho)
P Q PvQ
V V F
V F V
F V V
F F F
  • Condicional (símbolo → ): dá a ideia de condição para que a outra proposição exista. Os termos podem ser substituídos pela palavra “suficiente” e, aqui, a proposição será falsa caso o termo da esquerda for verdadeiro e o consequente for falso. Vejamos o exemplo prático ilustrado:
  1. P →  Q (Se nasci em Goiânia, então, sou goianiense)

(Se sou goianiense, necessariamente nasci em Goiânia)

P Q P→ Q
V V V
V F F
F V V
F F V
  • Bicondicional (símbolo <->): as proposições serão verdadeiras se as duas forem iguais. O conectivo é substituído pela expressão “se e somente se”. Vejamos o exemplo prático ilustrado:
  1. P <->  Q (Se 10 é maior que 9, então, 9 é menor que 10)
P Q P<-> Q
V V V
V F F
F V F
F F F
  • Negação (símbolo ~ ): um dos conectivos mais simples, indica que, ao usar a negação de uma proposição, inverte-se a afirmação dada. Vejamos o exemplo prático ilustrado:
  1. ~P (não P) – (O sanduíche não é barato – negação lógica de P)
  2. ~Q (não Q) – (Bacon não é bom para a saúde – negação lógica de Q)

Assim, se uma preposição é verdadeira, vira falsa quando é usada a negação. Consequentemente, a proposição falsa vira verdadeira quando é usada a negação.

P ~P
V F
F V

 




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