O Brasil deve receber até US$ 10 bilhões em investimento do fundo soberano da Arábia Saudita. A declaração saiu após encontro do presidente Jair Bolsonaro com o príncipe herdeiro na terça-feira, 29. Para definir as áreas que receberão o investimento, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou em entrevista para o G1 que um conselho será formado nos próximos meses com participação de representantes dos dois governos e da iniciativa privada dos países.
Além do Brasil, outros cinco países já receberam investimento da Arábia Saudita, como os Estados Unidos, Japão, França, África do Sul e Rússia. Segundo o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, um dos objetivos é que os recursos do fundo sejam usados em obras de infraestrutura, como por exemplo, da ferrovia Ferrogrão, entre Mato Grosso e Pará.
Leia abaixo a íntegra do comunicado publicado no G1 Economia
“Por ocasião da visita oficial do Presidente da República Federativa do Brasil ao Reino da Arábia Saudita, Sua Excelência, o Senhor Jair Bolsonaro, e Sua Alteza Real, o Príncipe Mohammed bin Salman, discutiram perspectivas para o fortalecimento de investimentos bilaterais entre o Brasil e a Arábia Saudita.
Os dois lados expressaram seu apoio à concordância do Fundo de Investimento Público saudita (PIF) em explorar potenciais oportunidades de investimentos mutuamente benéficos em até US$ 10 bilhões, em parceria com a República Federativa do Brasil.
O lado brasileiro expressou seu compromisso para trabalhar juntamente com o PIF para auxiliar na facilitação da iniciativa, incluindo no esclarecimento acerca do marco legal e institucional mais apropriado para investimentos na economia brasileira.”
Concessão de vistos pelo Brasil
Em contrapartida, está a discussão para simplificar o processo de concessão de vistos de turismo e de negócios entre cidadãos dos dois países. Segundo o Itamaraty, o acordo tem a finalidade de aumentar o fluxo de turistas e de empresários tanto no Brasil como na Arábia Saudita.
Bolsonaro em viagem pela Ásia e Oriente Médio, anunciou que deve isentar vistos de China e Índia para turismo e negócios. Vale ressaltar que neste ano a isenção já foi permitida para os Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália, todos ainda sem reciprocidade.
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