O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) serve para medir a variação de preços para o consumidor, dentro da economia brasileira. Esse parâmetro é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desde a década de 1979, o IBGE realiza essa pesquisa, focada no consumo das famílias brasileiras que possuem renda mensal de até 5 salários mínimos.
Além disso, o índice é constantemente utilizado como referência em ajustes salariais e inflação. Os dados para o INPC são recolhidos entre o primeiro e último dia dos meses de referência. Assim, é medido e divulgado tempos depois.
Confira a tabela de INPC dos últimos anos:
- 2018: 3,43
- 2017: 2,07
- 2016: 6,58
- 2015: 11,28
- 2014: 6,23
- 2013: 5,56
- 2012: 6,20
- 2011: 6,08
- 2010: 6,47
- 2009: 4,11
- 2008: 6,48
- 2007: 5,16
- 2006: 2,81
- 2005: 5,05
- 2004: 6,13
- 2003: 10,38
- 2002: 14,74
- 2001: 9,44
- 2000: 5,27
O que é INPC?
Em resumo, o INPC determina a variação do custo de um produto ou serviço em comparação a um determinado tempo. Dessa forma, tem considerável influência pelo reajuste nos valores dos serviços e produtos básicos.
A nível de exemplo, quando ocorre uma elevação nos preços dos alimentos, transporte público ou outros bens e serviços comuns, o INPC é diretamente impactado.
Para que é usado o INPC?
O índice é utilizado para reajustes salariais em negociações trabalhistas. Também serve para mostrar o crescimento do custo de vida do cidadão comum.
Sendo assim, o INPC estabelece a variação dos preços de produtos e serviços no mercado varejista. Por consequência, determina de maneira exata o quanto o custo de vida da população aumentou durante determinado intervalo de tempo.
Como o INPC é calculado?
O cálculo do INPC é feito de maneira simples. O IBGE realiza a coleta dos dados entre o primeiro e o último dia do mês de referência, por meio do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC).
As informações são obtidas a partir de pesquisas realizadas e servem como parâmetro de medição, estabelecimentos comerciais, prestadoras de serviços privados, concessionárias de serviços públicos e diretamente nos domicílios.
As famílias que participam da pesquisa pertencem à área urbana de cada região. Atualmente, devido ao tamanho da população brasileira, essa pesquisa acontece apenas em 13 capitais. Sendo elas:
- Belém
- Belo Horizonte
- Brasília
- Campo Grande
- Curitiba
- Goiânia
- Fortaleza
- Porto Alegre
- Recife
- Rio de Janeiro
- Salvador
- São Paulo
- Vitória
Grupos e itens de medição do INPC
Como informado, o público-alvo da pesquisa é a população com renda mensal entre 1 e 5 salários mínimos. Além da renda, o que mais caracteriza esse grupo é o fato de utilizarem a totalidade do faturamento mensal para consumo de alimentos e remédios.
Após determinar o valor para o INPC, o IBGE obtém um Índice de Preço ao Consumidor (IPC) para cada região. Posteriormente, a partir dos dados obtidos, é determinado um valor médio para todo o território nacional.
O cálculo considera nove grupos de serviços e produtos no cálculo, sendo eles:
- Alimentação e bebidas
- Artigos de residência
- Comunicação
- Despesas pessoais
- Educação
- Habitação
- Saúde e cuidados pessoais
- Transporte
- Vestuário
Cada um desses grupos é dividido em outros itens. Em seguida, para calcular o INPC é considerada, no total, a variação de preços de 465 produtos ou serviços.
Para que não ocorram erros, a coleta é feita por meio da aplicação do mesmo método em todas as regiões pesquisadas. Isso garante que as informações sejam tratadas de maneira única e consistente.
Diferença entre INPC e IPCA
Ao lado do INPC, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é outro importante medidor inflacionário. No entanto, o IPCA tem como foco o consumo de famílias que possuem renda até 40 salários mínimos. Por isso, se torna mais abrangente.
Enquanto o IPCA é utilizado como meta para a inflação de toda a estrutura da economia brasileira, o INPC tem aplicação direta e específica no reajuste do salário mínimo e aluguéis, que refere-se ao rendimento mais reduzido.
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