A equipe econômica do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) alterou a previsão da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), em 2020. De acordo com a nova projeção, o percentual deve aumentar de 2,35% para 4,1%.
Na prática, isso significa que o salário mínimo em 2021 deve passar dos atuais R$ 1.045 para R$ 1.087. A nova projeção consta no Panorama Macroeconômico de novembro. O documento foi publicado nesta terça-feira, 17, pela Secretaria Especial de Fazenda, do Ministério da Economia.
O INPC também serve para corrigir o piso de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Como, por exemplo, pensões, aposentadorias, seguro-desemprego, abono salarial do PIS/Pasep, entre outros. Estima-se que a cada R$ 1 de aumento no piso nacional, as despesas anuais da União são ampliadas em cerca de R$ 355 milhões.
Por esse motivo, a equipe econômica do governo inclusive chegou a propor o congelamento de aposentadorias e pensões do INSS. Essa seria uma alternativa para aumentar o valor do Bolsa Família. Entretanto, a proposta não foi aceita por Jair Bolsonaro. “Quem porventura vir a propor para mim uma medida como essa, só posso dar um cartão vermelho para essa pessoa”, afirmou o presidente, em setembro, ao vetar a proposta do Renda Brasil.
Reajuste do salário mínimo
No projeto da lei orçamentária anual (PLOA), enviado em agosto deste ano, o governo projetou um salário mínimo de R$ 1.067. Um aumento de 2,1% sem descontar a inflação. Já em outubro deste ano, o INPC foi de 0,87%.
O índice registra alta de 2,95% no acumulado do ano. O aumento se deu principalmente pela disparada dos preços de alimentos e bebidas em meio à crise econômica. Agora, a previsão é que o INPC seja de 4,1%.
No entanto, o percentual ainda pode mudar até dezembro deste ano. Somente após o índice ser confirmado é que o piso nacional é reajustado, para assim entrar em vigor 1º de janeiro do ano que vem. Por enquanto, essas são apenas estimativas.
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