O Governo Federal confirmou a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para o ano de 2020. Conforme dados, o valor passou de 2,35% para 4,11%. O indicador é importante, já que influencia no reajuste do salário mínimo. Caso o índice se confirme até 2021, quando será feito o reajuste, o salário mínimo vai passar de R$ 1.045 para R$ 1.088, ou seja, aumento de R$ 43.
No mês de abril, o governo havia estipulado o valor do salário mínimo para 2021 em R$ 1.079. No entanto, essa quantia foi estabelecida considerando o INPC de 3,29%.
Em agosto, por sua vez, o governo enviou a proposta de orçamento para 2021 na qual o salário mínimo era de R$ 1.067, ou seja, deixava o piso nacional sem aumento real pelo segundo ano consecutivo. A quantia considerava uma alta de 2,09% do INPC.
No mês de dezembro, o governo Bolsonaro estipulou o salário mínimo para 2021 em R$ 1.088. Atualmente, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia fez a revisão dos índices. Agora, a pasta estimou um INPC de 4,11%, aumentando a estimativa do salário em R$ 43 ante o valor de 2020.
Sem aumento real
Em 2019, o governo acabou com a política de reajuste real do salário mínimo. Dessa forma, a quantia salarial segue a determinação da Constituição, que fala em preservar o poder aquisitivo do trabalhador.
O ganho real do salário mínimo foi implementado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1994, após a adoção do Plano Real. Com o fim dessa política, a Economia tem certo alívio financeiro, já que o salário mínimo promove reajuste automático de benefícios previdenciários e assistenciais.
Para cada R$ 1 de aumento no valor mínimo, o governo amplia em cerca de R$ 355 milhões as despesas anuais.
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