Caso a mais recente projeção do Ministério da Economia para o piso salarial se confirme para 2021, passando dos R$ 1.045 atuais para R$ 1.088, a maioria dos aposentados deverá ter reajuste para este mesmo valor, isso porque cerca de 70% dos beneficiários da Previdência recebem um salário mínimo.
Como o valor do salário mínimo reajusta também o piso dos benefícios do INSS, os segurados que recebem até um salário deverão ganhar um aumento de cerca de 4,10% no ano que vem. O reajuste do piso nacional é definido pelo governo federal que leva em conta análises de caixa e da inflação no país.
Ele é definido no começo de cada ano por meio de Medida Provisória e deve passar por aprovação do Congresso, entrando em vigor no mês de fevereiro. Atualmente o salário mínimo está fixado em R$ 1.045 e com o aumento, além da aposentadoria e pensões sobe também o valor do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Reajuste para quem ganha mais de um salário
A regra muda para os aposentados que recebem mais que o salário mínimo, mesmo que seja somente alguns reais a mais. Nestes casos, o reajuste é feito de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O INPC está com alta de 3,93% no acumulado deste ano, bem perto aos 4,10% estimados pelo governo e que serviram de base para o cálculo do reajuste do salário mínimo.
Porém, nos últimos 12 meses, o índice aumentou 5,20%. Se em dezembro seguir com este ritmo e houver uma alta acentuada, há a possibilidade de quem recebe mais ter um reajuste maior que os 4,10% de quem recebe somente o salário mínimo.
Aumento no valor do teto de benefícios
Geralmente, o salário mínimo e o piso do INSS têm um reajuste ligeiramente maior que o INPC, porém o contrário também acontece. O INPC também é o índice que define o reajuste do teto dos benefícios do INSS. Assim, se ele fixar realmente em torno de 4,10%, o valor máximo que pode ser pago nos benefícios passaria dos R$ 6.101 atuais para R$ 6.351,20.
- Valor do mínimo INSS: R$ 1.088
- Valor do teto INSS: R$ 6.351,20
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