Uma nova regra no cálculo do seguro-desemprego que deve diminuir o valor do benefício, está sendo planejada pelo governo. Atualmente, o trabalhador que é dispensado sem justa causa recebe de três a cinco parcelas com um valor fixo. De acordo com a nova proposta, a pessoa passaria a receber parcelas com corte de 10% a cada mês, mas desde que seja respeitada a garantia de pelo menos um salário mínimo (atualmente de R$ 1.100).
No caso, a redução progressiva de 10% a cada mês seria aplicada sobre o benefício inicial. Por exemplo, um trabalhador que hoje tem direito a cinco parcelas de R$ 1,5 mil, passaria a receber esse valor cheio no primeiro mês, R$ 1,35 mil no segundo, R$ 1,2 mil no terceiro e R$ 1,1 mil nos dois últimos, pois já teria alcançado o limite de redução dado pelo salário mínimo.
Segundo a proposta do governo, se o mesmo trabalhador precisar recorrer novamente ao seguro-desemprego no futuro, o procedimento seria zerado. Ele começaria recebendo o benefício cheio novamente para só então ser aplicada a redução progressiva. A regra caberia para todos as vezes que a pessoa pedir o seguro-desemprego.
Quem seria afetado pela redução progressiva do seguro-desemprego?
De acordo com o governo, apenas uma parcela dos trabalhadores deve ser afetada pela mudança, isso porque grande parte das pessoas que acessam o seguro-desemprego já recebem no início da liberação o valor de um salário mínimo. Dessa forma, o alvo da redução progressiva seriam os trabalhadores que recebem acima do piso nacional.
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