Mudanças nas tabela de tributação do Imposto de Renda de pessoas físicas e jurídicas podem estar mais próximas. Nesta sexta-feira, 25, o ministro da Economia, Paulo Guedes, vai apresentar ao presidente da Câmara, Arthur Lira, o documento que deve simplificar o complicado sistema tributário do país.
A medida integra a segunda fase da reforma tributária prometida desde o início do governo de Jair Bolsonaro. A primeira, que diz respeito à unificação do PIS e Cofins para criar a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), tramita no Congresso desde o fim de 2020.
Lira vinha cobrando há semanas que a equipe econômica enviasse a proposta, e agora quer acelerar a votação do texto. O projeto não deve encontrar dificuldade para ser aprovado, já que prevê promessas de campanha como o aumento da faixa de isenção do IR de pessoas físicas.
Sobre o projeto
Quando falou sobre o tema, Bolsonaro propôs o aumento da faixa de isenção de R$ 1,9 mil para cinco salários mínimos (R$ 5,5 mil hoje). Mas a proposta que será apresentada hoje deve elevar o teto para R$ 2,5 mil, visando reduzir um impacto maior na arrecadação.
A última correção na tabela dos feita em 2015. Atualmente, as faixas do IRPF são de 7,5% para ganhos entre R$ 1,9 mil e R$ 2,8 mil; 15% para quem recebe de R$ 2,8 mil a R$ 3,7 mil; 22,5% para de R$ 3,7 mil a R$ 4,6 mil; e 27,5% para acima de R$ 4,6 mil.
No caso das empresas, a proposta é reduzir em 5 pontos a taxação do IR, indo de 25% para 22,5% em 2022, em seguida para 20% em 2023. A perda na arrecadação será compensada com a volta na cobrança dos lucros e dividendos pagos pelas empresas a seus acionistas, o que não ocorre desde 1996.
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