Milhões de brasileiros seguem aguardando uma definição sobre os pagamentos do vale-gás nacional. Enquanto isso, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes decidiu defender seu próprio benefício e conseguiu levá-lo para 55 profissionais da categoria.
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De acordo com Miguel Torres, presidente da entidade, os pagamentos serão feitos por meio de um cartão pré-pago nos meses de outubro, janeiro e março. Não haverá nenhum custo extra para os trabalhadores.
“O custo de vida não para de crescer, o preço dos alimentos, da energia elétrica e do gás disparou e cada vez mais temos pessoas nas ruas em situação de risco social, sem moradia digna, passando frio e fome. Exigir o vale-gás na campanha salarial é uma das formas que encontramos para evitar que a carestia também coloque em risco social os trabalhadores de nossa categoria”, explica.
O acordo entre o sindicato e a metalúrgica OGC Molas Industriais prevê a liberação de três parcelas no valor de R$ 80 cada. Torres espera que esse seja apenas o primeiro de muitos acordos com empresas do setor.
“Conquistamos o primeiro acordo e isso pode ajudar a conseguirmos em outros lugares. Não é muito, não vai resolver tudo, mas atenua o problema dos trabalhadores”, afirma.
Preço do gás de cozinha
O pedido de liberação do vale-gás foi motivado pela disparada nos preços dos combustíveis, que levou o botijão de 13 kg ao custo médio de R$ 98,07 no estado de São Paulo. Segundo levantamento da ANP (Associação Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o item chega a R$ 125,90 em algumas regiões.
A inflação que afeta brasileiros de todos os cantos do país pode ficar ainda pior, considerando que houve um novo aumento no preço internacional do propano, matéria-prima do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo).