O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) quer limitar o valor do vale-refeição e do vale-alimentação que são pagos pelas empresas entre 30% e 50% do salário de cada trabalhador. Ele é relator de uma Medida Provisória que precisa ser votada até 7 de agosto na Câmara e no Senado para ser aprovada ou não.
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Atualmente não há qualquer limite para o pagamento do benefício. A intenção das mudanças propostas pela MP é evitar que os vales sejam usados na compra de produtos que não estejam relacionados à alimentação.
Limitar o vale-refeição
Paulinho da Força deve apresentar o relatório na semana que vem em uma tentativa de que a MP entre em votação por volta do dia 2 de agosto. Apesar de a proposta de limitar os vales em questão, os percentuais ainda não foram definidos. A previsão é de que a sugestão seja apresentada nos próximos dias.
Se a MP não for votada até o dia 7 de agosto, ela perderá a validade. É por isso que o relator corre contra o tempo. A mesma MP 1.108 foi editada em março desse ano pelo presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com o deputado, a intenção é que o dinheiro dos vales seja depositado diretamente na conta corrente do trabalhador ou que possa ser pago em espécie.
Além disso, outra tentativa é de fazer com que os valores recebidos sejam usados somente na compra de alimentos. Em outras palavras, impedir que eles sejam gastos com o pagamento de outros itens que não fazem parte da alimentação do trabalhador.
Um outro detalhe é que o dinheiro depositado na conta do trabalhador poderá dar mais liberdade na hora da compra, visto que as pessoas passarão a ter mais opções de escolha que não apenas os comércios credenciados.
A mudança pode fazer os vales renderem mais, já que os trabalhadores poderão procurar por promoções e preços mais baixos do que se permanecerem presos à rede que aceita aquela forma de pagamento.