O preço médio do gás de cozinha no Brasil é de R$ 111,75. Os dados são do último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O alto preço pago no botijão de 13 quilos faz do gás um dos principais vilões do orçamento doméstico.
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Nos últimos 12 meses, o gás encanado teve alta de 26,29% e do botijão de 21,36%. É um aumento maior do que a inflação acumulada no mesmo período, que foi de 10,07%. Por essa razão, muitas famílias sem acesso aos benefícios do governo – como o vale-gás – estão sentindo no bolso como essa despesa está ficando cada vez mais pesada.
Vilões do orçamento doméstico
Entre os vilões do orçamento das famílias estão os alimentos e, mais um vez, o botijão. Com o fim da bandeira tarifária de escassez hídrica em abril deste ano, as contas de luz deram um pouco mais de alívio para muitos brasileiros. A queda foi de 10,77%.
Por outro lado, o preço do gás segue sendo um problema geral. De acordo com a Petrobras, a composição dos valores do produto é feita da seguinte forma:
- 40,2% – distribuição e Revenda;
- 10,6% – ICMS;
- 49,2% – parcela da Petrobras.
O consumidor acha difícil encontrar saídas para economizar. Tem quem aposta nos banhos mais rápidos e na troca de itens a gás pelos elétricos, por exemplo, para reduzir os gastos com o produto na hora de cozinhar.
A diferença já vem sendo sentida pelo comércio. Segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), as vendas de botijão tiveram queda de 4% de janeiro a julho deste ano.
Com o pagamento do benefício do auxílio gás, cerca de 5,6 milhões de famílias conseguem uma ajuda para aliviar a pressão que o gasto constante tem deixado nos ombros dos cidadãos. Os beneficiários do programa irão receber o valor de R$ 110 referente ao mês de agosto. As datas seguem as mesmas dos depósitos do Auxílio Brasil.