O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar da reforma tributária, alegando que se o presidente Jair Bolsonaro (PL) for reeleito, o texto será finalmente aprovado. O impacto da decisão afetará os ganhos da população, principalmente dos brasileiros que ganham mais. Estes terão que pagar mais impostos.
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De acordo com o ministro, o objetivo da reforma tributária é simplificar os impostos diante do aumento da tributação. Segundo o executivo, “a base de arrecadação aumenta e essa massa de arrecadação maior paga a transferência de renda”. A proposta foi aprovada na Câmara, mas perdeu o fôlego quando chegou no Senado Federal.
Em sua fala, Guedes argumenta que a reforma tributária servirá de pilar para a manutenção do Auxílio Brasil com valor de R$ 600 em 2023. O ministro disse que o aumento dos R$ 200 atuais até o mês de dezembro tem sido compensado por meio de recursos de dividendos das estatais e de receitas extraordinárias.
Guedes defende alíquota de 15% sobre lucros
No começo deste mês, Guedes havia declarado seu apoio à cobrança de uma alíquota de 15% dobre lucros que ultrapassem a faixa dos R$ 400 mil mensais. Se isso se concretizar, a medida pode impactar 60 mil pessoas com ganhos de até R$ 300 bilhões em dividendos ao ano.
Hoje em dia, essa regra de taxação é inexistente, pois a última reforma tributária ocorreu em 1996, durante o governo o presidente Fernando Henrique Cardoso. Na época, o argumento utilizado foi de que as companhias já arcavam com tributos elevados e que os dividendos deveriam ser isentos de tributação como forma de compensação.
Desemprego deve cair
Durante a abertura do congresso da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Guedes também falou sobre a queda da taxa de desemprego no Brasil, que pode chegar a 8% até final do ano, com índices positivos de recuperação da economia.
Nos dias de hoje, a taxa de desemprego chegou a 9,3%, com dados DO último trimestre. Conforme aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), este foi o menor patamar para o período em 7 anos.
Agora, a expectativa é que o país feche 2022 com “o menor desemprego que já vimos nesses últimos 10, 15 anos”, completou o ministro.