A Caixa Econômica Federal quer ampliar para 35 anos o prazo para pagamento de financiamentos imobiliários feitos por meio do programa Casa Verde e Amarela. Até o momento, o tempo máximo permitido é de 30 anos.
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De acordo com informação antecipada pelo Estadão/Broadcast, a mudança deve começar a valer no dia 1º de setembro. “A medida vai ajudar a colocar mais gente para dentro desse mercado”, disse o diretor executivo de habitação da Caixa, Rodrigo Wermelinger.
Wermelinger afirmou que o banco aguarda apenas a sanção da Medida Provisória 1.107, que aumenta o prazo limite para financiamentos imobiliários com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O texto já está nas mãos do presidente Jair Bolsonaro.
A instituição possui uma opção de pagamento com prazo de até 35 anos, mas ela abrange apenas as linhas de crédito que utilizam recursos da caderneta de poupança.
Mais parcelas, valor menor
Empresários do setor da construção receberam a mudança com entusiasmo, já que ela deve estimular novos contratos. Veja o exemplo de um imóvel no valor de R$ 200 mil, considerando taxa de 7% ao ano no Sistema SAC:
- Financiamento em 30 anos: parcelas iniciais de R$ 1.686;
- Financiamento em 35 anos: parcelas iniciais de R$ 1.607.
A nova medida provisória foi a maneira encontrada para lidar com o aumento nos custos de construção, que levou à suspensão de novos projetos dentro do programa habitacional. Em conjunto com empresários do setor e com o conselho do FGTS, o governo decidiu ampliar os subsídios, cortar juros e ampliar a faixa de renda dos beneficiários.
Crédito imobiliário
A Caixa acredita que a ampliação do prazo de pagamento não deve gerar grandes dificuldades. “A nossa carteira de crédito imobiliário é paga pelos clientes em dez anos, em média. Sempre que ganham o décimo terceiro ou um dinheiro extra, procuram amortizar”, disse.
Nessa modalidade de crédito, a inadimplência está abaixo de 2%. Atualmente, o banco é responsável por 99,9% dos empréstimos com recursos do FGTS, tendo alcançado a marca de R$ 34,8 bilhões liberados entre janeiro e julho.