O Ministério da Justiça terminou que 32 empresas que vendem cigarro eletrônico no Brasil suspendam a comercialização do produto. A medida consta em uma publicação do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor feita hoje, 1º, no Diário Oficial da União.
Leia mais: Bolsonaro diz que Petrobras pode dar ‘boa notícia’ nesta sexta, 2
De acordo com o despacho, o objetivo da suspensão é proteger os jovens, já que houve um “aumento exponencial da comercialização e consumo dos produtos pelo público”. A autoridade diz ainda que o dispositivo representa “riscos à vida e à saúde”.
Em caso de descumprimento da regra, a empresa estará sujeita à cobrança de multa diária de R$ 5 mil. A punição será aplicada até a suspensão das vendas, segundo o documento assinado por Laura Postal Tirelli, diretora do departamento.
Semelhante ao convencional
Especialistas apontam que o cigarro eletrônico não é uma alternativa para acabar com o vício no convencional, embora muitas pessoas façam a substituição com esse objetivo. Considerando que ambos têm nicotina, a troca não gera grandes resultados.
Muitas pesquisas mostram é que não há comprovação científica de que os eletrônicos sejam uma maneira de “controlar” o tabagismo. Em uma publicação de outubro de 2021 no periódico Jama, cientistas relatam que quem usa cigarro eletrônico tem mais chances de voltar ao tabagismo no ano seguinte do que quem parou totalmente de usar produtos com tabaco.
“Parar de fumar é a coisa mais importante que um fumante pode fazer para melhorar sua saúde, mas as evidências indicam que a mudança para os cigarros eletrônicos tornou menos provável ficar longe dos cigarros”, afirmam os pesquisadores.