Mais um grupo de brasileiros recebe nesta sexta-feira, 23, o Auxílio Brasil com valor mínimo de R$ 600. As beneficiadas são as famílias com Número de Inscrição Social (NIS) de final 5, que já podem acessar o aplicativo Caixa Tem para movimentar o dinheiro.
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Entre agosto e setembro, cerca de 2,2 milhões de lares foram incluídos na folha de pagamento do programa, elevando o público total a 22,65 milhões. Outra mudança foi o valor mínimo do auxílio, que subiu de R$ 400 para R$ 600 até dezembro deste ano.
Entre as regiões brasileiras, o Nordeste é a que reúne o maior número de beneficiários: 9,58 milhões. A lista segue com Sudeste (6,11 milhões), Norte (2,48 milhões), Sul (1,37 milhão) e, por fim, Centro-Oeste (1,08 milhão).
Calendário do Auxílio Brasil
O repasse do benefício referente a setembro começou no último dia 19 e segue até o próximo dia 30. A liberação ocorre quase sempre nos dez últimos dias úteis do mês, de acordo com o número final do NIS do beneficiário.
Veja o calendário completo do Auxílio Brasil para este mês:
- NIS final 1 – 19 de setembro;
- NIS final 2 – 20 de setembro;
- NIS final 3 – 21 de setembro;
- NIS final 4 – 22 de setembro;
- NIS final 5 – 23 de setembro;
- NIS final 6 – 26 de setembro;
- NIS final 7 – 27 de setembro;
- NIS final 8 – 28 de setembro;
- NIS final 9 – 29 de setembro;
- NIS final 0 – 30 de setembro.
Retorno aos R$ 400
A emenda constitucional que possibilitou o aumento na parcela do Auxílio Brasil liberou verbas somente até dezembro. A partir de janeiro do próximo ano, o patamar mínimo deve voltar a ser cerca de R$ 400.
Contudo, o ministério da Economia, Paulo Guedes, afirmou na última quinta-feira, 22, que a manutenção dos R$ 600 mensais será possível com a aprovação da reforma tributária que prevê taxação de grandes fortunas.
“Nós já aprovamos na Câmara, o projeto de reforma tributária, um capítulo especial dele era que nós estamos tributando os super-ricos. São 60 mil pessoas que ganharam mais de R$ 300 bilhões e não pagaram Imposto de Renda. O sujeito não precisa ter vergonha de ser rico, agora tem que ter vergonha de não pagar imposto”, disse em entrevista à Rádio Itatiaia, em Minas Gerais.
De acordo com o Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF), elaborado pela Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, a continuidade do Auxílio Brasil com valor mínimo de R$ 600 terá impacto de R$ 51,8 bilhões nos cofres públicos.