Na virada do século XXI a produtividade começou a chegar a diversos setores, como o de vestuário. Atualmente, as roupas são feitas em uma velocidade muito maior, com coleções lançadas semanalmente.
O fast fashion, ou seja, moda relâmpago, começou a ser alvo de críticas, dado que os custos das peças são extremamente baixos, gerando dúvidas sobre o salário nas confecções.
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Qual o motivo das denúncias?
O canal de televisão britânico TV 4, realizou uma denúncia aberta acusando a Shein de explorar seus funcionários, pagando valores baixos. Outras reportagens já mostravam que cada trabalhador ganhava US$ 0,04 (R$ 0,21) por peça produzida, fabricando 500 unidades por dia em um turno de 18 horas.
No final do mês, restava um montante de R$ 2.946,47. Mesmo considerando que eles recebem em YUAN, moeda oficial da China, as condições de trabalho parecem ser assustadoras para os padrões ocidentais.
Um problema que não é recente
A questão do trabalho análogo à escravidão em determinados setores ultrapassam essa nova metodologia de fabricação rápida. Até marcas como a Zara chegaram a se envolver ilegalmente nesses esquemas. Cabe aos órgãos reguladores fiscalizar a forma com a qual a atividade dessas empresas atende a uma conformidade legal, seguindo processos sustentáveis.
Resposta da Shein às reclamações
A Shein prontamente respondeu às críticas, informando que a política de trabalho da companhia obedece aos princípios éticos da constituição chinesa. Reiteraram também que qualquer questionamento desrespeitoso será retribuído com o encerramento de parcerias comerciais. Esse posicionamento radical tem como explicação os apontamentos envolvendo abusos, nos quais homens e mulheres eram punidos caso fosse encontrado erros nas roupas, reduzindo ainda mais o salário dessas pessoas.