A equipe econômica do governo federal vem estudando formas de retirar a dedução de saúde e educação do Imposto de Renda. São despesas médicas e educacionais. As informações foram divulgadas pelo O Estado de S. Paulo. Apesar disso, o ministro da economia Paulo Guedes nega a retirada.
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Com base nas projeções feitas pelo governo, a economia seria de R$ 30 bilhões para os cofres públicos. O jornal Estadão teve acesso a um documento com 10 páginas que teria sido feito pela área fiscal do Ministério da Economia logo depois do primeiro turno das eleições.
Dedução de saúde e educação
O documento tem anexos e sugestões de mudanças na legislação, com a possibilidade de retirar a dedução de saúde e educação do Imposto de Renda.
Apesar do documento com mais de 10 páginas, o ministro da Educação, Paulo Guedes, nega qualquer possibilidade de colocar fim às deduções. Ele afirma que o governo não tem essa intenção.
Inclusive, o ministro da Economia fez uma nota em que diz que “refuta a alegação de que pretende acabar com as deduções”. Ainda segundo ele, a medida é “totalmente descabida de fundamento”.
Guedes também afirmou desconhecer a validade do documento que o jornal Estadão teve acesso. O ministro também afirmou que, independentemente disso, esse tipo de atividade não representa a opinião e nem mesmo a decisão do Ministério.
O ministro explicou que a pasta tem a tarefa de fazer “a confecção de ensaios, estudos, proposições, cenários, análises, entre outros trabalhos, sob as mais diferentes visões por parte dos técnicos”.
Com base na apuração do jornal Estadão, os técnicos da área fiscal do Ministério da Economia projetaram R$ 24,5 bilhões por ano em economia com o fim da dedução de despesas médicas. Já no corte das deduções de despesas com educação, outros R$ 5,5 bilhões.
O ministro disse ainda que o governo estuda formas de corrigir a tabela do imposto de renda e aumentar as isenções para as classes mais baixas. Guedes também afirmou que todas as medidas econômicas são discutidas com antecedência e passam pelo diálogo com a sociedade. “Não vamos dar susto em ninguém”, garantiu.