A Amazon anunciou que seu departamento de dispositivos registrou prejuízo operacional de US$ 5 bilhões em um ano. A divisão é responsável pela Alexa, a assistente de voz da empresa. Fontes ligadas à companhia já afirmam que o departamento deve sair do foco a partir de agora, pelo menos enquanto não voltar a ser lucrativo.
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As grandes empresas norteamericanas de tecnologia, conhecidas como big techs, estão enfrentando um momento de queda nas receitas. Uma das mais afetadas é justamente a gigante de Jeff Bezos.
A Amazon cresceu significativamente durante a pandemia, especialmente com as mudanças do regime de trabalho para home office. Com a migração dos trabalhadores, assistentes virtuais como a Alexa começaram a fazer parte da vida de muita gente.
Mas o momento de glória desses dispositivos parece ter chegado ao fim.
Segundo informações do The Wall Street Journal, o prejuízo operacional da divisão vem se acumulando ao longo dos últimos anos. Sem dar detalhes sobre como a queda aconteceu, o jornal destaca que a Amazon teve queda no lucro entre setembro de 2021 e setembro de 2022, quando seus ganhos caíram de US$ 26 bilhões para US$ 11 bilhões.
Corte de despesas
Uma das possibilidades em análise é o já conhecido corte de investimentos em aparelhos como Echo, Fire TV Stick, Echo Buds e Kindle. Com isso, eles podem passar algum tempo sem novas atualizações.
A Amazon também trabalha com a ideia de ampliar os recursos oferecidos pela Alexa para aumentar suas vendas. O problema é que a empresa teria que gastar mais, além de convencer os clientes que não têm a casa automatizada e utilizam a assistente para um número limitado de funções.
Antes de cortar seu quadro de funcionários, a companhia está tentando realocar os trabalhadores para outras áreas. Ainda de acordo com as fontes do jornal, são esperadas transferências internas e fechamentos de equipes, e uma demissão em massa ainda não foi descartada.
Alexa continua
Apesar dos números, um porta-voz da Amazon afirmou que a empresa continuará apostando na Alexa. Segundo ele, o dispositivo “continua como um importante negócio e área de investimento” para a companhia.