Nova fase do ‘dinheiro esquecido’ deve ficar para 2023. Mais de R$ 4 bilhões aguardam donos

Sistema de valores a receber foi desativado no primeiro semestre e ainda não há previsão de retorno pelo Banco Central.



Milhares de brasileiros encontraram “dinheiro esquecido” em bancos durante a primeira fase do Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central. A novidade animou muita gente, mas a previsão é que essas pessoas terão que esperar até 2023 para resgatar os recursos.

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A segunda fase de resgates estava prevista para começar no dia 2 de maio, mas teve que ser adiada devido a uma greve de servidores da instituição. Meses após o fim da paralisação dos funcionários, ainda não há data para retorno do sistema.

No portal, o BC informa apenas que “a data de reabertura do sistema para novas consultas e resgate dos saldos existentes” e as “informações sobre valores de falecidos” serão divulgadas em breve. Nesse meio tempo, a instituição está “trabalhando em melhorias do SVR e na inclusão de novos valores”.

Primeira fase

Encerrada em abril, a primeira fase do dinheiro esquecido reuniu 3,9 bilhões, mas apenas R$ 321 milhões foram sacados. A maioria dos participantes foram pessoas físicas (3,6 milhões), enquanto 19 mil pessoas jurídicas recuperaram algum recurso.

As fontes incluídas nessa etapa do processo foram:

  1. Contas corrente ou poupança encerradas com saldo disponível;
  2. Tarifas cobradas indevidamente (previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC);
  3. Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC;
  4. Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários de cooperativas de crédito;
  5. Recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados.

Segunda fase

Cerca de R$ 4,1 bilhões ficarão disponíveis para consulta e resgate na próxima fase do sistema. Esses valores são referentes a sete fontes, sendo elas:

  1. Tarifas cobradas indevidamente, não previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC;
  2. Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, não previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC;
  3. Contas de pagamento pré-pagas e pós-pagas encerradas com saldo disponível;
  4. Contas de registro mantidas por sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e por sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários para registro de operações de clientes encerradas com saldo disponível;
  5. Entidades em liquidação extrajudicial;
  6. FGC (Fundo Garantidor de Créditos);
  7. FGCoop (Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito).

Uma das mudanças mais esperadas é o fim da necessidade de agendamento para solicitar o saque, processo que era obrigatório na fase anterior. Acesse o site valoresareceber.bcb.gov.br e acompanhe todas as informações sobre o sistema.




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