A Páscoa está chegando e para a Americanas, que está em processo de recuperação judicial, o período será ainda mais importante do que nos últimos anos. É entre março e abril que a empresa vê seu faturamento crescer com a venda de chocolates, responsável por cerca de 35% das entradas.
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O problema é que em janeiro a varejista anunciou um rombo de mais de R$ 40 milhões em sua contabilidade, deixando os fornecedores pouco inclinados a vender produtos a prazo. A lista de dívidas entregue à Justiça inclui vários fornecedores como credores, o que levanta dúvidas sobre sua capacidade de pagamento das compras feitas desde a recuperação judicial.
Para não perder a chance de lucrar, a companhia tomou uma decisão inusitada.
Segundo o diretor comercial da Americanas, Aleksandro Pereira, as mercadorias estão sendo pagas à vista aos fornecedores. Os valores referentes aos produtos são transferidos em apenas um dia e a entrega é realizada no dia seguinte.
Normalmente, a empresa pagava os ovos de Páscoa entre 15 dias e um mês após a data de fornecimento. Embora o novo acordo tenha permitido que a varejista negociasse descontos, o volume de produtos comprados foi reduzido.
“A grande boa notícia é a de que vai ter Páscoa na Americanas e vai ser um evento grandioso, como sempre foi. Vamos fazer a maior de todos os tempos”, disse o diretor.
Importância da Páscoa para a empresa
As vendas da Páscoa são tão importantes para a varejista que foram citadas até mesmo no pedido de recuperação judicial entregue à Justiça. A campanha começa oficialmente no dia 1º de março, mas a comemoração cai no dia 9 de abril, considerada uma boa data porque está próxima ao dia do pagamento dos trabalhadores.
Segundo Pereira, a empresa comercializa mais de 120 tipos de ovos em todas as faixas de preços, incluindo produtos de marca própria. Entre os licenciados, destacam-se os chocolates das bonecas LOL e da personagem Peppa Pig.