Governo anuncia reajuste em bolsas de pesquisa; veja novos valores

Valores não eram reajustados desde 2013. Governo aumenta bolsas na tentativa de fazer a pesquisa científica voltar a ser atrativa para jovens talentos.



O Governo Federal anunciou nesta quinta-feira, 16, o reajuste nas bolsas de incentivo e pesquisa que estavam com valores congelados há de anos. Com isso, a equipe aumenta estas remunerações em valores entre 25 e 75%, contudo a maioria está sofrendo ajustes de 40%. Veja maiores detalhes.

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Entre as bolsas com reajuste de 40% no valor, estão as de mestrado e doutorado, tanto da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), quanto do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Além da pós-graduação e pesquisa, outras bolsas de incentivo para estudantes do ensino médio e graduação também foram reajustadas. O anúncio foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em conjunto com os ministros Camilo Santana (Educação) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), no Palácio do Planalto.

Governo aumenta bolsas: confira novos valores

Durante o dia, o presidente chegou a postar em suas redes uma mensagem falando sobre o futuro e a retomada dos investimentos em ciência no país. “Um dia importante para nossa educação, pesquisa e ciência. O Brasil voltará a valorizar estudantes e nosso futuro”, publicou.

Veja abaixo os novos números e o percentual do reajuste nas bolsas da Capes e do CNPq:

  • Mestrado: de R$ 1.500 para R$ 2.100 (alta de 40%);
  • Doutorado: de R$ 2.200 para R$ 3.100 (40%);
  • Pós-doutorado: de R$ 4.100 para R$ 5.200 (25%).

Os auxílios distribuídos para alunos do ensino médio e da graduação também serão reajustados:

  • Iniciação científica no ensino médio: de cem reais para R$ 300 (200%);
  • Formação de professores da educação básica: os valores atuais variam de R$ 400 a R$ 1.500 e serão reajustados de 40% a 75%, segundo o governo;
  • Bolsa Permanência para alunos em vulnerabilidade nas universidades: criadas em 2013, nunca foram reajustadas. Os valores variam de R$ 400 e R$ 900 e serão reajustados em 55% a 75%.

Segundo o governo, os reajustes custarão R$ 2,38 bilhões aos cofres públicos e virão das pastas de Educação e Ciência e Tecnologia. Com o anúncio, estudantes, pesquisadores e entidades representativas comemoraram o reajuste, mas ressaltaram que, apesar de relevante, ele ainda é insuficiente.

“O que esperamos agora é que as bolsas sejam reajustadas anualmente, de acordo com a inflação. […] Esperamos que outras questões críticas, como a situação orçamentária da Ciência e Tecnologia, especialmente do FNDCT, sejam resolvidas nos primeiros cem dias de governo, para então começarmos de fato a construir a pasta”, afirmou Hugo Aguilaniu, diretor-presidente do Instituto Serrapilheira.




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