O Governo Federal anunciou nesta quinta-feira, 16, o reajuste nas bolsas de incentivo e pesquisa que estavam com valores congelados há de anos. Com isso, a equipe aumenta estas remunerações em valores entre 25 e 75%, contudo a maioria está sofrendo ajustes de 40%. Veja maiores detalhes.
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Entre as bolsas com reajuste de 40% no valor, estão as de mestrado e doutorado, tanto da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), quanto do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Além da pós-graduação e pesquisa, outras bolsas de incentivo para estudantes do ensino médio e graduação também foram reajustadas. O anúncio foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em conjunto com os ministros Camilo Santana (Educação) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), no Palácio do Planalto.
Governo aumenta bolsas: confira novos valores
Durante o dia, o presidente chegou a postar em suas redes uma mensagem falando sobre o futuro e a retomada dos investimentos em ciência no país. “Um dia importante para nossa educação, pesquisa e ciência. O Brasil voltará a valorizar estudantes e nosso futuro”, publicou.
Veja abaixo os novos números e o percentual do reajuste nas bolsas da Capes e do CNPq:
- Mestrado: de R$ 1.500 para R$ 2.100 (alta de 40%);
- Doutorado: de R$ 2.200 para R$ 3.100 (40%);
- Pós-doutorado: de R$ 4.100 para R$ 5.200 (25%).
Os auxílios distribuídos para alunos do ensino médio e da graduação também serão reajustados:
- Iniciação científica no ensino médio: de cem reais para R$ 300 (200%);
- Formação de professores da educação básica: os valores atuais variam de R$ 400 a R$ 1.500 e serão reajustados de 40% a 75%, segundo o governo;
- Bolsa Permanência para alunos em vulnerabilidade nas universidades: criadas em 2013, nunca foram reajustadas. Os valores variam de R$ 400 e R$ 900 e serão reajustados em 55% a 75%.
Segundo o governo, os reajustes custarão R$ 2,38 bilhões aos cofres públicos e virão das pastas de Educação e Ciência e Tecnologia. Com o anúncio, estudantes, pesquisadores e entidades representativas comemoraram o reajuste, mas ressaltaram que, apesar de relevante, ele ainda é insuficiente.
“O que esperamos agora é que as bolsas sejam reajustadas anualmente, de acordo com a inflação. […] Esperamos que outras questões críticas, como a situação orçamentária da Ciência e Tecnologia, especialmente do FNDCT, sejam resolvidas nos primeiros cem dias de governo, para então começarmos de fato a construir a pasta”, afirmou Hugo Aguilaniu, diretor-presidente do Instituto Serrapilheira.