Muitas pessoas se perguntam por que o inglês se tornou uma língua universal? Além da forte influência dos Estados Unidos como nação dominadora mundial, a verdade é que a língua inglesa é bem mais simples do que a língua portuguesa, especialmente o português que é falado no Brasil.
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Os próprios cidadãos brasileiros têm dificuldade em usar corretamente o português no dia a dia, imagine os estrangeiros. Nossa língua é cheia de regras e flexibilizações, sendo uma das que ostenta o maior vocabulário do mundo.
Língua portuguesa mudou, mas não foi agora
O último Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 ainda não foi totalmente assimilado por todas as pessoas. A dificuldade foi tanta que só em 2016 ele passou a ser obrigatório na escrita nacional.
A função do acordo da língua portuguesa foi a de unificar modos de escrita de várias palavras e simplificar a nossa língua. Contudo, a verdade é que ele mais trouxe dúvidas do que esclarecimentos.
Uma das principais mudanças do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa está nos acentos. Algumas palavras os perderam e continuam gerando várias dúvidas.
Para nunca mais errar com a língua portuguesa e seus acentos
Ditongos abertos em paroxítonas: termos que têm a penúltima sílaba mais forte, a partir da união de duas vogais, principalmente ‘’éi’’ e ‘’ói’’. Nesse caso, muitas palavras perderam acerto, por exemplo: assembleia (assembléia), boia (bóia), geleia (geléia), idéia (ideia), joia (jóia), etc.
Paroxítonas acentuadas depois do ditongo: existem alguns casos nos quais o acento ocorre na segunda vogal do ditongo, refletindo a perda da acentuação. Entre as opções estão baiuca (baiúca), bocaiuva (bocaiúva) e feiura (feiúra).
Palavras que terminam em “eem” e “oo”: veem (vêem), releem (relêem), perdoo (perdôo), enjoo (enjôo) e outras palavras também sofreram alterações.
Acentos diferenciais: alguns acentos eram colocados para distinguir a pronúncia e agora foram descartados. Por exemplo, pára (verbo parar) e para (preposição), pêra (fruta) e pera (preposição). Todas perdem o acento.
- Alcatéia – alcateia;
- Platéia – plateia;
- Andróide – androide;
- Bóia – boia;
- Jibóia – jiboia;
- Apóia – apoia;
- Apóio (do verbo apoiar) – apoio;
- Asteróide – asteroide;
- Coréia – Coreia;
- Estréia – estreia;
- Geléia – geleia;
- Idéia – ideia;
- Jóia – joia;
- Paranóia – paranoia;
- Assembléia – assembleia;
- Européia – europeia;
- Heróico – heroico;
- Centopéia – centopeia;
- Estóico – estoico;
- Debilóide – debiloide;
- Baíuca – baiuca;
- Feíura – feiura;
- Cauíla – cauila;
- Bocaiúva – Bocaiuva;
- Freqüente – frequente;
- Tranqüilo – tranquilo;
- Lingüiça – linguiça;
- Agüentar – aguentar;
- Pára – para;
- Péla – pela;
- Pólo – polo;
- Pêra – pera;
- Abençôo – abençoo;
- Pêlo – pelo;
- Crêem (do verbo crer) – creem;
- Dôo (do verbo doar) – doo;
- Enjôo – enjoo;
- Perdôo (do verbo perdoar) – perdoo;
- Vêem (do verbo ver) – veem;
- Dêem – deem;
- Vêem – veem.
De acordo com os especialistas em linguística, uma das formas de não esquecer tudo o que mudou na língua portuguesa é apenas uma: treinar, escrever sempre e ler com bastante frequência. Essa é a forma de assimilar as mudanças a ponto de não esquecê-las mais.