É provável que você já tenha atendido a uma chamada feita por robôs, não é? Essas são as “robocalls”, ligações automatizadas que geralmente duram menos de três segundos e acontecem diversas vezes durante o dia, podendo gerar muito incômodo aos brasileiros que estão trabalhando, estudando ou simplesmente descansando.
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O número de chamadas indesejadas no país aumentou absurdamente com 2,47 bilhões de registros apenas entre os dias 15 e 21 de janeiro deste ano, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Muitas dessas ligações têm o objetivo de vender produtos ou serviços, realizar pesquisas de opinião e até mesmo enganar as pessoas para obter informações pessoais e financeiras. Outras acontecem de maneira rápida e nem sequer uma palavra é dita no outro lado da linha. O número apresentado pela Anatel representa a metade das ligações do Brasil, em um percentual de 51% de 4,83 bilhões de ligações efetuadas.
Robocalls passaram por um boom no Brasil
No ano passado, os brasileiros comemoram quando a Anatel implementou uma medida com o objetivo de reduzir a disseminação dessa prática em território nacional. De acordo com essa ação, as empresas que realizam mais de cem mil ligações por dia com duração de segundos podem ter os serviços interrompidos por um período de 15 dias.
Parece que as ações de combate ao problema estão sendo contornadas, já que as chamadas são enviadas de várias localidades distintas, com DDD variados, o que acaba causando confusão nas pessoas e nos serviços de bloqueio, tornando bem mais desafiador a tentativa de ficar livre dessa prática. A agência considera essa situação abusiva.
Uma maneira que os consumidores estão usando para evitar as chamadas é realizar o cadastro na plataforma “Não Me Perturbe“, que é uma lista nacional para quem não deseja receber ligações de telemarketing de empresas cadastradas dos setores de telecomunicações e instituições financeiras, segundo informações do Governo Federal.
O serviço é gratuito. Até agosto do ano passado, 5,7 milhões de usuários haviam se cadastrado.
Outra orientação é o uso da ferramenta “Qual Empresa Me Ligou?”, que é um serviço lançado recentemente pela agência. Nele, é possível ver quem são os proprietários dos números que estão ligando. Por fim, uma alternativa é anotar os números e registrar uma reclamação com a Anatel, Procon ou até mesmo procurar a Justiça.