MPF move ação exigindo que a Funai realize concurso público

A Fundação Nacional do índio passar por altíssimo déficit no quadro de funcionários. Novos concursos devem solucionar essa questão.



Em breve Fundação Nacional do Índio (Funai) deverá se notificada sobre ação civil pública na Justiça Federal. A ação movida pelo Ministério Público obriga o órgão a realizar concurso público para provimento de todas as vagas ociosas existentes no quadro de servidores.

Além disso, foi solicitado que a Funai emposse os 213 aprovados no último certame. Realizado em 2016, os aprovados no concurso tiveram as convocações autorizadas no mês de novembro de 2017 . A nomeação foi publicada no mês seguinte.

Entretanto, diante do estado atual do órgão, estas convocações devem surtir pouco efeito. Atualmente o déficit de funcionários, segundo o Ministério Público Federal, chega a 65% dos dos postos. Ou em números, 3.600 servidores. Após a posse dos novos servidores, a carência ainda será de 40% do quadro total.

A Funai, assim como as políticas públicas voltadas aos índios no Brasil, passam por uma grave crise de recursos financeiros e de recursos humanos.

De acordo com levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 2015, o quadro efetivo da Fundação passa por um processo de envelhecimento. Ao todo, 64% dos servidores estão com mais de 50 anos e apenas 20% recebe abono permanência. O que compromete muito a eficácia e desenvolvimento das políticas indigenistas.

Diante da falta de recursos e servidores a situação do órgão é grave. Um novo certame é urgente e indispensável, visto que nas últimas três décadas, apenas três certames foram realizados. Caso novos concursos não sejam autorizados e com a grande quantidade de servidores aptos a se aposentar, a Funai pode entrar em colapso.

A União também deve responder à ação, uma vez que possui a responsabilidade de prover os recursos necessários para a reestruturação do órgão. Garantindo assim, a proteção indígena prevista em Lei.




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