Segundo informações do Banco Central do Brasil, o Real Digital, projeto do BC, é visto por diversos países como uma ideia que trará bons resultados para o aprimoramento do mercado de pagamentos de varejo. Ele também irá incluir financeiramente a população que não conta com serviços bancários eficientes.
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O sistema do órgão vem chamando atenção de diversos bancos centrais do mundo, que estão elaborando testes e explorando o potencial da moeda digital. Na última segunda-feira, 10, uma palestra foi realizada na sede do órgão para explicar como todo o sistema financeiro irá funcionar.
A apresentação também foi exibida no canal do YouTube da autarquia. Ali, foi detalhado que o CBDC, (sigla em inglês para Central Bank Digital Currency), será um dispositivo exclusivo de uso entre bancos e outras instituições financeiras. Por outro lado, o real digital será destinado a toda a população.
Isso quer dizer que ele será usado exatamente como as cédulas atuais do mercado.
Como funcionará o real digital?
Em resumo, este será um sistema que contará com duas moedas: uma de atacado, chamada de real digital, que será usada para pagamentos entres os bancos, e uma de varejo, também conhecida como real tokenizado. Ela será emitida pelo mercado e vai chegar ao consumidor final.
Será exatamente esse mecanismo que possibilitará as transações entre as pessoas.
Na prática, se a pessoa A quiser transferir um valor para pessoa B, é necessário que o banco apanhe o real digital e destrua o token. Assim, o banco da pessoa B irá enviar o CBDC ao da pessoa A que, por sua vez, irá converter o valor para a moeda digital e assim depositar na conta.
As transações vão acontecer de maneira bem ágil por causa de tecnologia utilizada, a de blockchain. Segundo o chefe-adjunto do Departamento de Operações do Mercado Aberto, Marcos Sucupira, o próximo passo é adicionar outros ativos, como imóveis, além de realizar mais testes com o processo de transação entre os consumidores.