Lula vai aumentar salário mínimo, mas valor não banca a cesta básica

Saiba qual seria o valor necessário para que todo cidadão pudesse ter acesso ao básico a partir do recebimento de um salário-base.



O governo federal já anunciou que irá reajustar o salário mínimo dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320 no próximo Dia do Trabalhador (1º de maio). Contudo, o aumento está longe de ser o suficiente para arcar com os custos da cesta básica. Prova disso é que, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser R$ 6.571,52.

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Na prática, o montante representa cinco vezes o valor atual da remuneração-base. Desta forma, ao se comparar o custo da cesta básica e o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, o trabalhador compromete, em média, 55,47% do salário mínimo para aquisição de alimentos básicos.

Cidades

No total, o Dieese avalia dados de 17 cidades. Deste montante, 13 registraram queda no valor da cesta básica. Igualmente, as principais baixas ocorreram em Recife (-4.65%), Belo Horizonte (-3,72%), Brasília (-3,67%), Fortaleza (-3,49%) e João Pessoa (-3,42%).
Por fim, a cesta básica mais cara é a de São Paulo (R$ 782,23), enquanto a mais barata é a de Aracaju (R$ 546,14).

Valorização

Diante deste cenário, o ministério da Fazenda estuda a melhor proposta para a nova política de valorização do salário mínimo. Ao que parece, a pasta avalia, ao menos, quatro propostas a partir de simulações sobre impacto fiscal e impactos nos cofres públicos.

Em suma, uma das propostas é justamente não ter regra para o percentual de aumento do salário mínimo anual. Outra opção seria, por exemplo, o uso do Produto Interno Bruto (PIB) per capita como referência para o reajuste anual. Por fim, a terceira via é considerar a inflação e o crescimento do PIB dos dois anos anteriores.

A quarta saída é uma proposta das centrais sindicais que sugere a reposição a partir do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), assim como um ganho real de 2,40% acrescido da taxa de crescimento do PIB dos dois últimos anos.

Vale lembrar que até 2019 o cálculo do salário mínimo considerava o PIB do ano retrasado e a inflação medida pelo INPC.




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