Alarmante. Essa é a situação desenhada pelo novo relatório da Organização Meteorológica Mundial da ONU. Sob o título “Prepare-se para o El Niño”, o documento aponta a preocupação da entidade frente ao fenômeno climático que não ocorria há sete anos. As previsões indicam elevação nas temperaturas globais a níveis nunca vistos, por exemplo.
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No caso do Brasil, os indicadores apontam que o Norte e o Nordeste deverão enfrentar uma seca severa.
El Niño
O fenômeno climático está associado ao aquecimento da temperatura das águas do Oceano Pacífico e carrega consigo a fama de causar “anomalias climáticas” mundialmente. Em suma, geralmente ele dura cerca de 12 meses, mas este ano, ao que tudo indica, o El Niño terá mais algumas particularidades.
Isso porque, se normalmente o fenômeno começa a esquentar a água no Pacífico entre junho e julho, com ápice em dezembro, desta vez o aquecimento já começou em abril. Portanto, o auge das mudanças climáticas deve ocorrer em outubro, causando incertezas.
Altas temperaturas e fortes chuvas no sul
Ao que tudo indica, o próximo verão será extremamente quente em todo o país. Diante deste cenário, além da seca no Norte e Nordeste, regiões Sudeste e Centro-Oeste também sentirão o impacto de volumes menores de chuva.
Por outro lado, o Sul do país deve sofrer com fortes chuvas, inclusive de granizo. A ação pode ocasionar perdas de produção nas lavouras.
La Niña x El Niño
É importante ressaltar que são fenômenos exatamente opostos, uma vez que o La Niña ocorre a partir da diminuição da temperatura das águas do Oceano Pacífico Equatorial, trazendo quedas nas temperaturas ao redor do globo.
No entanto, de acordo com a ONU, os últimos oito anos foram os mais quentes já registrados. Ainda assim, acredita-se que sem o La Niña, a situação teria sido ainda pior.
Agora, com a chegada do El Niño, é provável que haja um novo pico no aquecimento global, aumento a chance de novos recordes de temperatura.