Picanha para todos? Novo preço da carne acende uma luz no fim do túnel

Mesmo com a redução no valor das carnes bovinas, o preço continua longe do cobrado antes da pandemia. Porém, valores devem diminuir ainda mais.



Ao avaliar o preço da carne bovina nos supermercados, é possível perceber que os valores estão diminuindo com o passar dos meses. De acordo com um levantamento feito pelo IPCA, o item já acumula uma queda de 2,7% no acumulado nos primeiros três meses do ano. E não para por aí! Segundo especialistas, essa queda pode chegar a 5% até o fim do ano, tornando a carne bovina ainda mais acessível para os brasileiros.

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No entanto, os preços ainda não voltarão a ficar como eram antes da pandemia. De acordo com a Conab, a quantidade de carne disponível neste ano, tanto de boi, quanto de frango e porco, será de 20,77 milhões de tonelada. Esse volume representa um aumento de 5% em relação a 2022.

Dessa forma, um dos motivos para que a oferta de carne esteja maior é o custo da produção. Com a queda no preço dos grãos que servem de alimento para os animais, “o custo da nutrição animal está menor agora em 2023”, afirma Fernando Iglesias, analista da consultoria Safras & mercado.

Maior oferta, menor preço

Devido as condições atuais, na qual há uma maior oferta da carne, consequentemente o preço do alimento diminui para o consumidor. Esse cenário é bem diferente do encontrado nos últimos 4 anos, nos quais o preço da carne subiu quase 70%. Devido a isso, há poucas chances de que o valor volte a ser o que era antes da pandemia, pelo menos não tão rapidamente.

NO acumulado total dos quatro anos até março, o preço médio da carne vermelha contam com uma alta de 67,6%. Mesmo assim, a mesa do brasileiro deve possuir um pouco mais da proteína neste ano. “Não dá para esperar por quedas muito contundentes. De qualquer forma, a carne bovina está mais acessível à população, afirma Iglesias.

Além disso, as carnes de frango e de porco também devem ficar mais baratas para o consumidor final. Os motivos são os mesmos da carne bovina: o menor custo na criação dos animais. Dessa forma, os especialistas esperam uma redução ainda maior para essas carnes, com uma redução que deve ficar em cerca de 10% dos valores.

Picanha para todos?

Uma das promessas feitas pelo presidente Lula durante o período de campanha eleitoral foi de que os brasileiros voltariam a comer picanha. No entanto, a XP afirma que a picanha foi o corte com menor redução no preço em 2023. Assim, a queda foi de somente 0,8% no primeiro trimestre do ano, com uma alta de 1,8% nos últimos 12 meses.

Em contrapartida, o corte que mais teve redução em seu preço nesse primeiro período de 2023 foi o filé mignon. Segundo a XP, a peça teve uma redução de 6,5% no 1º trimestre. Em seguida ficam a Alcatra (-4,5%) e o Contrafilé (-3,7%). Em um ano, o filé mignon teve uma queda de quase 7%, enquanto os demais cortes tiveram uma redução média de 3%.

“Os preços não vão voltar ao que eram em 2018 ou 2019. Mas a carne vai estar mais presente na mesa da população brasileira”, completa Fernando Iglesias.




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