O Newcastle empatou com o Leicester nesta segunda-feira (22) e somou o ponto que faltava para disputar a Champions pela primeira vez desde 2003/04. A informação foi publicada pelo site Trivela.
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Conforme texto do jornalista Bruno Bonsanti, publicado no Trivela, haverá um momento em que o novo poder econômico que o Newcastle obteve após ser comprado pelo Fundo Soberano da Arábia Saudita será decisivo para dar o salto que deseja dar, dos anos de mediocridade com Mike Ashley ao primeiro patamar do futebol europeu. Por enquanto, porém, ele apenas ajudou porque o fator principal para a classificação à Champions League que foi confirmada nesta segunda-feira com o empate por 0 a 0 com o Leicester foi o trabalho excepcional do técnico Eddie Howe.
Quando Steve Bruce foi demitido em outubro de 2021, com o Newcastle ainda sem vencer pela Premier League e encarando a perspectiva de lutar contra o rebaixamento, nomes mais fortes do que o do ex-comandante do Bournemouth foram tentados. Unai Emery agradeceu o interesse antes de confirmar que ficaria no Villarreal. A imprensa italiana falava em Antonio Conte. Rafa Benítez, um favorito das arquibancadas que saiu após rusgas com Ashley, também estava cogitado.
Oportunidades
Howe foi uma aposta. Ele havia mantido o Bournemouth na Premier League por cinco anos, jogando um futebol ofensivo e empolgante, até a fórmula esgotar com o rebaixamento de 2019/20. Como a transferência de Graham Potter ao Chelsea escancarou, isso não é garantia de sucesso quando o sarrafo fica mais alto. Em um primeiro momento, poderia até ter parecer uma contratação temporária para tirar o Newcastle do buraco. A história de clubes que passaram pelo mesmo processo mostra que uma hora a grife fala mais alto, e Howe também teria que provar que é um técnico de elite para entregar as altas ambições dos novos donos.
O rebaixamento foi evitado com sobras. Com bons reforços de janeiro, o primeiro exemplo do poder financeiro da Arábia Saudita, o Newcastle foi um dos melhores times do segundo turno da temporada passada. E, agora, terminar entre os quatro primeiros é um grande feito. A primeira classificação à Champions League depois de muitos anos – no caso do Newcastle, desde 2003/04 – costuma ser a mais difícil porque jogadores que exigem disputá-la, geralmente os melhores do mundo, precisam acreditar no projeto e faz tempo que o acesso à mina de ouro da competição de clubes mais rica do mundo está bloqueado.