Nos últimos dias, as medidas do governo Lula sobre ampliar o acesso a carros populares deram o que falar. No dia 25 deste mês, o Governo Federal anunciou a redução dos veículos “de entrada” de até 10% sobre o valor dos carros que custam menos de R$ 120 mil, mas isso pode não ser o suficiente. É aí que os bancos entram para fazer a diferença.
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A ação foi bem recebida pela população e vista com bons olhos pelas montadoras. Para ajudar ainda mais quem pretende comprar um zero km ainda nesse ano, instituições, como a Caixa Econômica Federal, estão debatendo algumas maneiras de deixar o acesso ao crédito mais facilitado.
Condições para comprar carros zero km serão facilitadas
Segundo a presidente da instituição financeira, Rita Serrano, o banco pretende expandir o financiamento de veículos. A executiva participou de uma reunião com a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na sexta-feira passada, 26.
O encontro é feito periodicamente com o intuito de apresentar uma prestação de contas das atividades elaboradas nos bancos. Serrano aproveitou o momento para comentar sobre a ideia dos créditos para carros. Ela destaca que tudo está sendo negociado internamente e que uma equipe está empenhada, analisando como esse produto pode ser melhorado e oferecido. Vale destacar que a Caixa já tem uma opção de financiamento para carros.
A presidente da instituição enfatizou o compromisso dos bancos públicos brasileiros com a política de juros, defendendo a sua prática de aplicar as taxas mais baixas possíveis, seguindo as regulamentações e visando garantir a realização das operações sem prejuízos financeiros.
Ela afirma que essa é a melhor saída, uma vez que as taxas de juros determinadas pelo Banco Central (BC) não permitem tanta mobilidade. Além do tema, um dos assuntos abordados na reunião foi a nova estrutura do banco, que agora conta com mais mulheres em posições estratégicas.
Rita comemora o fato de o banco ser o único a ter majoritariamente mulheres na direção e ainda revela que será publicado um compromisso contra o assédio. A ação foi motivada pelo episódio envolvendo Pedro Guimarães, demitido da presidência da Caixa após diversas denúncias contra ele serem registradas.