Funcionários dos Correios deflagaram greve, por tempo indeterminado, a partir de hoje (12). A categoria decidiu parar suas atividades em todo o país após mobilização ser aprovada em assembleias dos sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT).
Dentre as reivindicações da categoria está a reposição de pessoal por meio de concurso público. O déficit acumulado nos últimos cinco anos é de quase 20 mil servidores, conforme informado pela administração do órgão.
Em números, o quadro caiu de 125,4 mil empregados registrados em 2013 para 106 mil. Segundo o sindicato, o corte de pessoal é uma estratégia que visa a privatização da estatal, sucateando e manchando a imagem dos serviços prestados pela estatal.
Além do novo certame, a mobilização representa ser contra a terceirização na área de tratamento, as alterações no Plano de Cargos e Salários, suspensão das férias, privatização, redução do salário da área administrativa e extinção do diferencial de mercado.
Outro item contra o qual a paralisação luta é o descumprimento da cláusula 28 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), cujo texto trata da assistência médica oferecida à categoria.
Concursos e previsões
O último certame lançado pelos Correios data de 2017. Na ocasião, foram disponibilizadas 88 vagas para as áreas de saúde e segurança do trabalho. O concurso teve o Iades como banca organizadora.
Os cargos administrativos da estatal seguem sem previsão de um novo concurso. A empresa lançou, recentemente, Plano de Demissão Voluntária (PDV) ao qual cerca de 4 mil funcionários aderiram.
O intuito era amenizar prejuízos registrados nos cofres da empresa e focava servidores já aposentados pelo INSS ou em condições de se aposentar.
Caso um novo certame seja aberto, deverá oferecer 2 mil vagas nos cargos de carteiro e operador de triagem e transbordo em todo o país.