‘Ia ser o jogador mais caro da história’: como Kaká ficou no Milan e disse ‘não’ a proposta milionária do Manchester City

Após ser comprado por uma holding dos Emirados Árabes, o City ofereceu mais de 100 milhões de libras ao Milan para contratar o craque.



Muita gente não sabe, mas  a estrela escolhida para “marcar” o início do projeto que mudou o patamar do Manchester City na Europa poderia ter sido um brasileiro: Kaká.

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Que história é essa?

(Foto: Getty Images).

A história é a seguinte, poucos meses após ser comprado por uma holding dos Emirados Árabes (atualmente o City Football Group), o City ofereceu – em janeiro de 2009 – mais de 100 milhões de libras ao Milan para contratar o craque.

Conforme apurou o jornalista Vladmir Bianchini da ESPN, Kaká, que havia sido eleito o melhor jogador do mundo de 2007, seria protagonista da maior transferência da história do futebol mundial. Em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br, ele relembrou os bastidores da negociação.

“Foram dias muito tensos durante um período foi bem difícil. O Milan tinha uma filosofia de não vender os jogadores. Quando alguém queria sair, tinha que fazer o pedido publicamente. Em 2006, o (atacante ucraniano Andriy) Shevchenko quis ir para o Chelsea, mas o Milan não queria vendê-lo. O Sheva chamou uma coletiva e anunciou que queria outra experiência, daí foi vendido”, disse.

Naqueles tempos, o clube de Manchester estava no “meio de tabela” na Premier League e não conseguia disputar a Liga dos Campeões.

“Quando chegou a oferta do City, o (Adriano) Galliani (vice-presidente do Milan) chamou meu pai: ‘Pela primeira vez, o Milan vai abrir a porta para a saída de um jogador. Se ele topar, a gente está disposto a vendê-lo’. Naquele momento vi que as coisas estavam mudando”.

Com o aval do clube , as negociações avançaram e foi oferecido a Kaká um contrato com cifras astronômicas. Assim que a notícia vazou na imprensa, torcedores – revoltados com a diretoria – e jornalistas começaram a fazer uma vigília na porta da casa do craque.

“Até o porteiro do meu prédio deu entrevista (risos). A torcida começou a ir para a porta da minha casa e cantar: ‘Não se vende Kaká, não se vende Kaká’. Nos jogos, era a mesma coisa porque levavam as faixas. Eles foram até a porta da sede do Milan. Tudo isso mexeu muito comigo”, admitiu.

Durante vários dias, a novela se arrastou. Kaká ficou tão abalado no período que até mesmo o desempenho em campo foi afetado. Ele conta que mal conseguiu jogar durante a vitória por 1 a 0 – gol de Alexandre Pato – sobre a Fiorentina no San Siro, em duelo válido pelo Campeonato Italiano, em 17 de janeiro.

“Foi um dos piores jogos da minha vida! Foi extremamente emocional, não conseguia fazer nada por conta da situação. O jogo inteiro a torcida gritando: ‘Não se vende Kaká’. Não conseguia fazer nada! Tinham faixas e na saída do estádio também. Na cabeça deles, era o Milan que estava me vendendo”, recordou.

*Com informações da ESPN.




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