A profissão de motoboy, voltada para o transporte de mercadorias e alimentos, é antiga, mas enfrenta uma crescente concorrência nos últimos anos, impulsionada pelo serviço de entrega sob demanda, que atraiu muitos profissionais em busca de alternativas de renda, especialmente durante a pandemia. Entenda os desafios e como se sobressair.
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De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o número de motoqueiros nas ruas brasileiras saltou de cerca de 25 mil em 2016 para mais de 322 mil atualmente, resultando em uma maior divisão nas oportunidades de entrega e impactando nos rendimentos desses trabalhadores, que frequentemente atuam como autônomos.
E se você está curioso quanto à remuneração desses profissionais, fique de olho antes nesse dado: o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou recentemente uma média de perda de rendimento de R$ 220,00 para esses trabalhadores. Sim, de perda!
Atualmente, a remuneração mensal de um motoboy gira em torno de R$ 2 mil, mas pode chegar a R$ 3,5 mil, dependendo da empresa contratante e da região em que atua.
Com profissão de motoboy desvalorizada, como fazer dinheiro render?
Diante desse cenário de alta concorrência, uma das estratégias ideais para maximizar os ganhos é focar nas características da moto e realizar revisões periódicas, reduzindo os custos.
Kaio Cesar Ribeiro, chefe de oficina da Honda Blokton, destaca que a “moto-entrega” requer modelos de baixa cilindrada, como as linhas CG (Start 160, Fan 160 e Titan 160), conhecidas por serem mais acessíveis em preço, apresentarem um melhor consumo, agilidade e facilidade de manutenção, visto as peças mais baratas.
Além disso, o cuidado preventivo com a moto é essencial para evitar acidentes, garantir a segurança do motoboy e evitar gastos desnecessários com reposição de peças e manutenções corretivas.
Apesar do custo mensal de revisão e combustível, que fica em torno de R$ 200 e R$ 850, respectivamente, o motoboy Charles Yorlo destaca que a sua estratégia de cuidados periódicos e renovação da moto tem resultado em uma maior economia e oportunidades de trabalho mais rentáveis. Isso, porque com as boas práticas de conservação, a sua moto consegue fazer de 30 a 40 km com um litro de gasolina.
“A minha moto fica parada de 30 a 40 minutos no máximo para realizar esse serviço e verificar os freios e a lubrificação da relação (coroa, pinhão e corrente). Também, a cada 10 mil km, faço a substituição dos filtros de ar e de combustível”, apontou.
Essas práticas são importantes para que os motoboys consigam otimizar os seus rendimentos e enfrentar o cenário de alta competição no setor de entregas.