Os celulares se tornaram praticamente uma extensão do corpo da pessoa, visto que os aparelhos são utilizados para realizar uma gama ampla de tarefas hoje em dia, logo é útil para fazer contato e também como uma ferramenta de aprendizagem. Apesar disso, os dispositivos móveis são alvos de debates em alguns países da Europa, que estudam a possibilidade de banir aparelhos das salas de aulas. O que você pensa sobre o assunto?
Leia mais: Seu celular pede socorro: 3 apps que você deve deletar o quanto antes
A Holanda anunciou, ainda no primeiro semestre desse ano, cogitar essa medida. A Finlândia, por sua vez, informou a adoção de uma medida parecida. A França já realizou a proibição para menores de 15 anos em 2018, visando afastar as distrações trazidas pelos celulares.
Será que a iniciativa seria uma boa saída para as escolas do Brasil?
Uso dos celulares nas salas de aula
O debate acerca do tema apresenta dois pontos importantes: os usuários, sobretudo os mais novos, estão cada vez mais conectados e dependentes da tecnologia. Por outro lado, a ferramenta pode ajudar em várias etapas do aprendizado. Em entrevista ao portal Terra, os especialistas defendem que a melhor opção é buscar o equilíbrio.
Os alunos podem aprender tanto com os materiais físicos quanto com os digitais.
A presidente do Instituto Singularidades, Claudia Costin, conta que os países europeus estão permitindo o uso dos celulares em momento específicos, desse modo, eles são amplamente usados, mas não de maneira livre.
No Brasil, a discussão levanta mais um ponto: a democratização do acesso de celulares. A gerente de políticas educacionais da ONG Todos Pela Educação, Ana Gardennya Linard, explica que o uso pode ser vantajoso, além de transformar o interesse do estudante, mas é importante ter um controle sobre essa utilização.
Para ela, o país precisa de um plano nacional para conscientizar o uso na educação.
Apesar disso, a desigualdade é algo que não poderia ficar de fora da pauta, visto que durante a pandemia, muitos não conseguiram acompanhar as aulas por não terem tido acesso a um aparelho como celular ou a um computador. Dessa forma, o aprendizado acabou prejudicado. Para ela, o acesso às tecnologias precisa ser, primeiramente, garantido para que posteriormente debatam sobre o uso nas salas de aulas.