Agosto não está sendo exatamente como estamos acostumados quando o assunto é o clima. O mês começou com um veranico, fenômeno que eleva bastante as temperaturas e derruba a umidade relativa do ar para níveis desérticos.
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Em meio a esse cenário atípico, uma preocupação surge em relação à estação chuvosa no Brasil. Por estação chuvosa, queremos dizer a previsão climática, ou seja, a ideia é saber se o volume de chuva em determinado período de tempo, em certa área, ficará acima, abaixo ou dentro da média esperada.
Essa previsão é feita com base nas condições oceânicas, grandes influenciadoras do clima global. Se você quer saber o que esperar da primavera, a estação chuvosa brasileira, continue a leitura.
Previsões para a estação chuvosa
O período será influenciado principalmente por três padrões oceânicos: o El Niño, o Atlântico mais quente e a fase positiva do Dipolo do Oceano Índico, que também esquenta o oceano em questão. Também conhecido como El Niño do Índico, o último fenômeno deve atuar entre o final do inverno e o início da primavera austral.
Sozinho, o El Niño já é capaz de aumentar as temperaturas no país e de criar um padrão de anomalias opostas de chuvas, no qual as precipitações ficam acima da média no sul e abaixo do normal no norte. Esse movimento costuma resultar em episódios de secas e inundações nas duas regiões.
Já a fase positiva do DOI durante a primavera tem efeitos bastante semelhantes, por isso, a expectativa é que ele reforce o padrão anômalo de chuvas.
Isso resultará na falta de chuvas para os estados do norte brasileiro e excesso de água para a parte sul. Além disso, o início da estação chuvosa pode demorar mais tempo para começar em boa parte do Brasil. Na região Sul, os acumulados de chuvas serão ampliados pela associação entre ciclones e sistemas frontais.
Em resumo, tanto o El Niño, quanto o Atlântico e o DOI, contribuirão para um período com chuvas abaixo da média sobre o centro-norte e com a queda de volumes acima da média sobre o sul a partir de setembro, primeiro mês da primavera.
