O fenômeno climático conhecido como El Niño está se aproximando de seu pico máximo nos próximos meses, de acordo com a Associação Catarinense de Meteorologia. Este fenômeno deve durar até 2024 e traz consigo mudanças marcantes na temperatura da superfície do Oceano Pacífico e tem um impacto direto no clima em várias regiões, incluindo o Brasil.
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A Associação de Santa Catarina prevê que, para o Sul do Brasil, o efeito mais notável será o aumento das chuvas. De acordo com suas análises, o El Niño deve persistir durante 2023 e 2024, pelo menos até o início do outono.
No entanto, a previsão é que o pico do fenômeno ocorra no trimestre de outubro a dezembro, trazendo chuvas mais frequentes e intensas no estado. A tendência é que SC experimente chuvas acima da média nesse período, assim como toda a região Sul.
O relatório da Associação também aponta para uma primavera e verão chuvosos por lá. Isso pode ter consequências, já que a região Sul do Brasil tem enfrentado desafios consideráveis durante os anos de El Niño, com eventos climáticos intensos causando danos materiais, humanos e ambientais.
Pico máximo do El Niño pode trazer deslizamentos e inundações
Em Santa Catarina, especificamente, a topografia com vales encaixados e a posição geográfica contribuem para que o excesso de chuva associado ao El Niño resulte frequentemente em inundações generalizadas e deslizamentos de terra, com impactos negativos na economia local. Portanto, com a previsão, autoridades e moradores podem tomar atitudes para se precaver nos próximos meses.
O El Niño é parte de um fenômeno acoplado que ocorre no oceano Pacífico Equatorial, junto com a La Niña. Representa um aquecimento anormal das águas superficiais e sub-superficiais do oceano, afetando o sistema climático global.
Esse fenômeno influencia não apenas as temperaturas da água, mas também a atmosfera próxima à superfície do oceano. O enfraquecimento dos ventos alísios na região equatorial, causado pelo aquecimento do oceano, resulta em alterações nos padrões de transporte de umidade e, consequentemente, nas chuvas em várias partes do mundo.
Além disso, em algumas regiões, são observadas variações nas temperaturas. Curiosamente, o nome “El Niño” (O Menino, em tradução direta) foi dado por pescadores do Peru e do Equador, que escolheram esse nome devido às águas mais quentes que surgem na costa norte do Peru durante o Natal.
