A previsão climática tem nos alertado sobre o aumento das temperaturas em todo o mundo. A última semana, por exemplo, teve uma onda de calor intenso nunca vista – e estima-se que os próximos dias possam ser ainda piores.
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Um estudo feito pela ONG CarbonPlan, em parceria com o jornal The Washington Post, fez uma previsão nada agradável quanto ao clima dos próximos anos. Segundo o texto, há uma tendência de que o “novo normal” seja aturar temperaturas altíssimas.
Neste cenário, Belém, capital do Pará, poderá se tornar a segunda cidade mais quente do mundo, com seus termômetros marcando, facilmente, valores que poderiam fritar ovo na calçada. O município perderá apenas para Pekanbaru, da Indonésia.
Olha lá quem vem virando a esquina…
O calor! Segundo a pesquisa, estima-se que o cenário de “forno” aconteça até 2050. Entretanto, poderemos começar a sentir um gostinho do que está por vir até a virada da década, por volta de 2030.
Neste cenário, estima-se que cerca de 2 bilhões de pessoas fiquem cerca de um mês inteiro vivendo dias em que temperaturas ficariam acima de 32ºC.
“Moro num país tropical”
A situação, segundo os pesquisadores, não é nada favorável para o nosso país. Isso porque, historicamente, nós sofremos muito com temperaturas altas.
“Uma tendência preocupante é que, historicamente, apenas o Sul da Ásia e o Médio Oriente experimentaram temperaturas tão altas. Mas, em 2050, esse nível de calor se tornará cada vez mais frequentes em outros locais”, alerta a pesquisa.
O texto diz que questões sociais e econômicas podem limitar a população. Isso significa que as pessoas não terão dinheiro para comprar equipamentos como ar-condicionado e ventilador, e podem também enfrentar escassez de água e possível estresse nos sistemas de saúde pública.
Número de dias de calor em Belém
Os dados dos pesquisadores chegaram à tendência de que Pekanbaru terá quase um ano inteiro de calor intenso: 344 dias. Por isso, ficou em primeiro lugar no pódio.
A situação de Belém é melhor, mas ainda assim é preocupante. Segundo o estudo, a capital do Pará terá seis meses de temperaturas altas. Logo depois está Dubai (189 dias), Calcutá, na Índia (188 dias) e Nimule, em Sudão do Sul (159 dias).
