Você já ouviu falar na cabra insular? Ela é muito especial, pois, ao viver em uma ilha isolada, desenvolveu características únicas ao longo do tempo. Este é um mamífero que se comporta como um réptil de sangue-frio, assim como os lagartos. Entenda mais sobre essa curiosidade e a incrível história de adaptação desse animal.
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Essa cabra não age como os mamíferos com o sangue quente, como os cães e gatos. Com o tempo, ela foi ficando muito menor, com ossos que cresciam lentamente, semelhante ao que vemos acontecer com os répteis. Passou a mover-se de forma lenta e preferia tomar sol em vez de pular rapidamente, como as cabras comuns fazem.
Cabra insular
A cabra insular é muito diferente dos demais animais da sua espécie, o que faz com que muitos estudiosos se apaixonem e se interessem mais por entender como ela se comportava e como ela resistiu por tanto tempo.
Essas mudanças desafiam muito do que se sabe sobre a biologia. A cabra insular viveu em condições inimagináveis por cerca de 5,2 milhões de anos, mas desapareceu há aproximadamente 4.500 anos. Isso ocorreu porque uma planta, que era a sua favorita diminuiu, impedindo que ela conseguisse se alimentar e manter os hábitos. A natureza, surpreendentemente, nos ensina que as regras da biologia não são tão rígidas quanto pensávamos.
A cabra insular tem um nome muito complicado: Myotragus balearicus. As adaptações surpreendentes da cabra aconteceram porque, mesmo sendo um animal com sangue quente, ela adotou comportamentos de sangue-frio e desenvolveu outras características únicas ao longo do processo de evolução em uma ilha isolada, a ilha de Mallorca.
Veja como elas eram:
Devido ao isolamento geográfico, ela teve interações limitadas com outras espécies, assim, criou-se um ambiente único para essas cabras tão diferentes. Sem predadores e com recursos limitados devido à falta da planta da qual se alimentavam, elas deixaram de ser ágeis e, com o tempo, sumiram do mapa.