A cada momento em que a ciência avança, descobre-se que coisas que eram totalmente banais no nosso dia a dia podem nos fazer muito mal. A bola da vez, agora, é o zíper. Isso mesmo, um item comum, aparentemente inofensivo, pode estar correlacionado a tumores no fígado e na tireoide.
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Quem pontuou isso foi uma das principais fornecedoras globais de zíperes, a YKK. Segundo comunicaram à população, foi descoberto que a tinta usada para pintar pequeninos objetos contém substâncias perfluoralquiladas e polifluoralquiladas conhecidas como PFAS.
O alerta foi feito no começo do ano. Entretanto, a informação só ficou pública agora.
Você tá falando grego. Me explica?
Claro. Vamos lá. Os PFAS são substâncias que estão em um grupo de produtos químicos muito usados para revestimentos. Isso porque são resistentes a calor, óleo, água, manchas e outras “coisitas más”. Porém, segundo o Centro de Controle de Prevenção e Doenças dos EUA (CDC), por ser de difícil absorção no meio ambiente, podem contaminar solos e água.
Aí que vem o perigo, já que há algumas suspeitas e estudos avançados que correlacionam PFAS com o surgimento de câncer e outros problemas no fígado e/ou na tireoide.
Movimentação da distribuidora de zíper
A YKK passou meses tentando eliminar os FPAS dos seus zíperes, mas a situação é mais complexa do que se imagina. De acordo com o vice-presidente do grupo de marketing global da companhia, Chris Gleeson, em entrevista à Bloomberg, a tinta com os componentes vem de vários fornecedores.
Não se tem uma noção clara de quantas marcas ou quantos produtos foram afetados pelos zíperes contaminados. Virou, então, um “disse-me-disse” e uma “caça às bruxas”. Apesar de que nem todas as empresas que compram da YKK se pronunciaram sobre.
Entretanto, há um grande consenso entre todas elas de eliminar os FPAS de seus produtos o quanto antes. Em Nova York e na Califórnia, por exemplo, quem quiser vender vai ter que se adequar. Há uma lei que diz que químicos tóxicos devem ser banidos de vestimentas a partir de 2025. Outros lugares dos EUA, como Minnesota e Maine, têm um prazo maior: a partir do início de 2030.
