Nova ‘Dubai ‘vizinha do Brasil: país ganha na loteria ao descobrir riqueza

Explorando as riquezas da Guiana: uma jornada de transformação e prosperidade, na “Dubai” vizinha ao território brasileiro. Ninguém te contou isso antes.



Em 1982, os irmãos Shiv e Hemant Misir deixaram a Guiana para trás em busca de melhores oportunidades no Canadá. O país, então, era marcado pela pobreza e pela desigualdade social, e a perspectiva de crescimento econômico era limitada.

Veja também: 3 países da América do Sul bons para viajar: neles, o real vale mais

39 anos depois, em 2021, os irmãos Misir decidiram retornar à Guiana. Eles foram atraídos pelos bilhões de petrodólares que começaram a fluir para o país com a descoberta de grandes reservas de petróleo em 2015.

A volta dos Misir é apenas um dos muitos testemunhos da mudança radical que tomou conta da Guiana desde o início da exploração de petróleo. Em pouco mais de três anos, o país passou de uma economia dependente da agricultura e da mineração para uma potência petrolífera em ascensão.

O petróleo: catalisador da revolução econômica guianense

A descoberta de petróleo pela Exxon Mobil em 2015 foi um divisor de águas na história da Guiana. As reservas inicialmente estimadas em 11 bilhões de barris foram posteriormente revistas para 17 bilhões de barris, um volume que supera as reservas provadas de petróleo do Brasil.

Foto: Canva Pro

O impacto do petróleo na economia guianense foi imediato e transformador. Entre 2019 e 2023, o PIB do país saltou de US$ 5,17 bilhões para US$ 14,7 bilhões, registrando um crescimento impressionante de 184%.

Ademais, o crescimento do PIB per capita também é notável, passando de US$ 6.477 em 2019 para US$ 18.199 em 2023, superando significativamente o PIB per capita brasileiro.

Um canteiro global: empreiteiras, investimentos e desenvolvimento

O boom do petróleo atraiu empreiteiras de diversas partes do mundo, tornando a Guiana um canteiro de obras global. Como resultado, empresas chinesas, americanas, indianas e brasileiras participam ativamente da construção de rodovias, portos, hospitais e hotéis de luxo, refletindo o impulso econômico sem precedentes.

O Banco da China, por exemplo, financiou a construção de uma ponte vital sobre o rio Demerara, enquanto empreiteiras indianas e austríacas também desempenham papéis cruciais em projetos de infraestrutura.

Desafios e reflexões: riqueza e desigualdade na guiana

A Guiana, com sua riqueza recém-descoberta, enfrenta desafios significativos relacionados à desigualdade social. Nesse sentido, uma divisão histórica entre as classes, decorrente da colonização e do uso de mão de obra escrava, persiste.

No entanto, o boom econômico proporciona oportunidades tanto para a antiga elite quanto para a emergente classe média. O país experimenta uma metamorfose que se reflete em todos os aspectos da vida, desde os hábitos de consumo até a paisagem urbana.

Rumo ao futuro: a visão otimista da guiana

No cerne dessa transformação está a esperança de um futuro próspero. Empresários, como Richard Singh, vislumbram uma Guiana que, em duas décadas, será irreconhecível, assim como as paisagens de Dubai se transformaram desde os anos 1990.

O país está aberto a investimentos, seja na compra de propriedades de alto padrão ou na participação em empreendimentos comerciais.

À medida que o petróleo continua a impulsionar a economia, a Guiana se posiciona como um dos destinos mais promissores da América do Sul. Enquanto aguarda a explosão econômica mencionada por Singh, a Guiana escreve uma nova página em sua história, marcada por prosperidade, desenvolvimento e a promessa de um futuro radiante.




Veja mais sobre

Voltar ao topo

Deixe um comentário