Ficar invisível sempre pareceu uma fantasia restrita aos livros de ficção e aos filmes de fantasia, certo? Mas, conforme avançamos no século XXI, o conceito de tornar-se invisível está cada vez mais se aproximando da realidade, graças aos avanços tecnológicos.
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Afinal, uma equipe científica das universidades chinesas de Jilin e Tsinghua trouxe essa ideia para mais perto do concreto com o desenvolvimento de um material revolucionário. Dessa maneira, inspirado na natureza, esse manto tecnológico promete mudar a forma como enxergamos a invisibilidade.
Ficar invisível se tornou uma possibilidade?
A pesquisa, publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), introduz a “metassuperfície” Chimera, uma inovação inspirada em três animais de sangue frio. São eles o camaleão, a rã-de-vidro e o lagarto dragão-barbudo. Ou seja, esse material supera as camuflagens tradicionais ao se adaptar a uma variedade de condições espectrais e de terreno.
Utilizando circuitos entre camadas de tereftalato de polietileno (PET) e vidro de quartzo, Chimera manipula ondas eletromagnéticas. Desse modo, torna a superfície indetectável não apenas à luz visível, mas também a micro-ondas e raios infravermelhos.
Chimera e suas aplicações futuras
Ao combinar habilidades como mudança de cor, transparência e regulação de temperatura, o Chimera abre um leque de aplicações, desde o uso militar até a observação da vida silvestre de forma não invasiva.
Um dos grandes desafios enfrentados pela equipe foi como ocultar o calor gerado pelo dispositivo. Ou seja, é um problema solucionado com a inspiração no lagarto dragão-barbudo, com capacidade de controlar a temperatura corporal. O resultado? Uma redução das diferenças térmicas para apenas 3,1ºC, tornando o Chimera invisível até mesmo para tecnologias termográficas.
A busca por um material capaz de conferir invisibilidade ao usuário sempre fascinou a humanidade. Agora, parece que estamos mais perto do que nunca de tornar esse sonho uma realidade.
Com o Chimera, a invisibilidade deixa de ser apenas um elemento de histórias fantásticas para se tornar um campo promissor de pesquisa científica e tecnológica. Enfim, as possibilidades são vastas e podem revolucionar não apenas a camuflagem, mas também a forma como interagimos com o mundo ao nosso redor.