Vícios de linguagem e suas classificações

Muitos de nós, ao escrever ou falar por aí, acabamos cometendo alguns desvios na norma padrão. Um desses desvios são os vícios de linguagem, conhecidos por expressões que despertam diversas interpretações e, por isso, devem ser evitados.



Muitos de nós, ao escrever ou falar por aí, acabamos cometendo alguns desvios na norma padrão por descuido ou falta de atenção em pequenas formas que não estão corretas de acordo com a norma culta padrão. Um desses desvios são os vícios de linguagem, conhecidos por expressões que despertam diversas interpretações e, por isso, devem ser evitados.

Podemos classificá-los de acordo com suas características, veja os exemplos:

a) Pleonasmo vicioso: nos deparamos com esse vício quando empregam-se termos desnecessários para interpretação de uma sentença, ou quando ocorrem redundâncias por meio de repetições de termos com o mesmo sentido, como por exemplo:
Vou subir para cima.
A grande maioria concorda com isso.

b) Ambiguidade: ocorre quando é possível identificar duplo sentido de uma frase ou diversas outras interpretações, como visto em:
João, o Pedro saiu com seu pai.
Em exemplos como esse, surgem as questões: Seu quem? Do Pedro ou do João?

c) Arcaísmo: se dá pelo uso de palavra já ultrapassadas da língua, como:
Vossa mercê poderia se encaminhar ao segundo andar.

d) Cacofonia: entende-se pelo som desagradável ou de outras formas a partir da junção de certas palavras, como:

A vez passada = vespa assada.
Quero amar ela = quero amar ela.

e) Colisão: ocorrência de mesmos sons consonantais, soando de forma desagradável ao longo de uma frase, exemplo:

Viajarei em janeiro.

f) Estrangeirismo: uso de construções que não pertencem à nossa língua, como:

menu = cardápio;
show = espetáculo ou concerto;
know-know = experiência.

g) Solecismo: se dá pelo emprego incorreto, de acordo com a norma culta, de regência, colocação ou concordância, como podemos observar nos exemplos:

Vou no mercado (é um erro relacionado à regência verbal, o correto seria: Vou ao mercado).
Me veja dois pães (é um erro de colocação pronominal, o correto seria Veja dois pães para mim).
Haviam dois homens parados. (É um erro de concordância verbal, o correto seria: Havia dois homens parados).

h) Preciosismo: exagero na linguagem, como por exemplo:
Meu genitor sofre de alopecia androgênica = Meu pai é careca.

i) Hiato: ocorrência de mesmos sons vocálicos, soando de forma desagradável:
Traga a água aqui.

j) Eco: ocorrência de mesmos sons, como por exemplo:
A flor tem odor e frescor.

k) Barbarismo:

– de pronúncia: é comum que se pronuncia rúbrica ou invés de rubrica, a forma correta.
– de grafia: mecher, ao invés do certo, que seria mexer.
– morfológica: utilizar o verbo proporam no lugar de propuseram.
– de semântica: utilizar comprimentos no lugar de cumprimentos.

Tome cuidado com esses vícios ficando sempre atento às regras gramaticais, desta forma, estará sempre preparado, tendo-as na ponta da língua.




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