Quando alguém vai mandar uma mensagem por texto no celular, o mais comum é utilizar os polegares para digitar a mensagem. Além disso, também usamos esses dedos para rolar o feed no Instagram ou digitar um comentário em qualquer rede social.
Apesar de este ser o método mais prático, especialistas explicam que esse dedo não evoluiu com o passar dos anos para ser usado dessa maneira. Seu uso contínuo gera riscos de lesões e, o pior, a tão temida tendinite, que é a inflamação do tendão.
Tendinite: um vilão provocado pelo uso excessivo do celular
Tendo em vista que o celular é usado inúmeras horas ao longo do dia, não é difícil encontrar por aí pessoas que já possuem algum tipo de inflamação nos tendões dos dedos. Esse problema, inclusive, já tem nome: “texting tendinitis”, que significa tendinite adquirida pelo excesso de envio de mensagens.
Segundo Ellen Kroin, médica cirurgiã do hospital da Universidade Northwestern (EUA), muitas pessoas estão desenvolvendo quadros de tendinite em razão do uso excessivo dos dedos e do pulso ao mexer no celular. Porém, para não alarmar a população, a especialista na área da mão reforçou que isso ocorre quando há um esforço repetitivo e recorrente.
Dentre os sinais iniciais, podemos citar o desconforto no polegar, que deve servir como alerta para a adoção de novos hábitos. Um deles envolve alternar o uso do polegar com o dedo indicador.
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Qual a melhor maneira de digitar no celular?
Para evitar a utilização excessiva do polegar e gerar problemas de saúde, a recomendação é descansar os polegares e utilizar outros dedos para digitar no celular. O mais recomendado é o uso do indicador, em se tratando da fisiologia das mãos.
A troca do polegar pelo indicador pode ser feita de diferentes maneiras. O usuário pode adicionar um suporte de dedo na parte traseira do celular, ou uma alça traseira, que possibilitará segurar o aparelho com uma única mão. A partir daí, basta digitar com o indicador em vez do polegar.
Caso alguma dor relacionada ao polegar surja, é necessário prestar bastante atenção e compreender o nível de desconforto. No entanto, se a dor não passar em alguns dias, é necessário buscar atendimento médico, orienta Emily A. Gilley, médica cirurgiã norte-americana. O médico responsável irá receitar medicamentos, como anti-inflamatórios, sessões de fisioterapia e, dependendo do quadro, até mesmo cirurgia.