A previsão de alta nos preços dos alimentos em 2024 está deixando consumidores e economistas preocupados. Segundo o jornal O Globo, bancos estimam um aumento entre 4,5% e 7,5%, bem acima da inflação projetada de 3,96%, conforme o Boletim Focus.
Os motivos para essa alta são variados e incluem enchentes no Rio Grande do Sul e a valorização do dólar. Além disso, embora os preços dos alimentos, como das carnes e do leite tenham diminuído recentemente, há uma expectativa de que esses itens também sofram aumento.
Impactos climáticos nos alimentos
As enchentes no Rio Grande do Sul causaram danos às plantações, afetando diretamente a oferta de alimentos no mercado. Logo, esse fenômeno climático adverso resultou na perda de colheitas e em um aumento nos custos de produção.
Em consequência, os preços dos alimentos estão pressionados a subir. Ademais, a previsão de novos eventos climáticos extremos pode agravar ainda mais essa situação, tornando a estabilidade dos preços um desafio constante.
(Foto: New Africa/Shutterstock)
- Valorização do dólar
A alta do dólar é outro fator determinante na previsão de aumento dos alimentos. Afinal, a valorização da moeda americana impacta diretamente os custos de importação de insumos agrícolas e produtos alimentícios.
Assim, o aumento do custo de produção se reflete no preço final ao consumidor. Além disso, o dólar forte pode tornar as exportações mais atraentes para os produtores nacionais, reduzindo a oferta no mercado interno e elevando os preços.
- Carnes e leite no radar
Embora recentemente os preços das carnes e do leite tenham registrado uma queda, a tendência de alta para 2024 preocupa.
Com a pressão inflacionária e os custos adicionais causados pelos fatores climáticos e econômicos, esses produtos essenciais na dieta brasileira estão no radar para novos aumentos.
Alimentação doméstica em alta
O economista Luis Otávio Leal destaca que a alimentação no domicílio deve sofrer um aumento de 7,5% em 2024. Ou seja, esse dado é preocupante, pois indica que o custo de vida relacionado à alimentação está subindo de forma expressiva.
Com a renda familiar muitas vezes estagnada, a alta nos preços dos alimentos pode levar a ajustes no consumo e na qualidade da dieta das famílias brasileiras.
Os dados do IBGE revelam que, nos últimos 12 meses, o arroz teve um aumento de 26% e a batata inglesa 57,94%. O aumento de itens básicos como esses agrava a situação de insegurança alimentar e pode levar a uma maior busca por alternativas mais acessíveis.
Como driblar o novo preço dos alimentos
Para enfrentar a alta dos preços, é importante adotar algumas estratégias ao fazer as suas compras:
Saiba o que você precisa: fazer uma lista e evitar compras por impulso pode ajudar a manter o orçamento sob controle.
- Aposte em alimentos da estação: produtos sazonais tendem a ser mais baratos e frescos.
- Compre em mercados locais: muitas vezes, eles oferecem preços mais competitivos.
- Evite desperdícios: aproveitar integralmente os alimentos e armazená-los corretamente pode fazer uma grande diferença.
- Busque alternativas: substituir produtos caros por alternativas mais acessíveis ajuda a equilibrar o orçamento.