O número 13 carrega um estigma de azar que ultrapassa fronteiras culturais, não sendo exceção para o setor de transporte aéreo. Este é um dos motivos que levam algumas companhias, tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo, a excluir a fileira 13 de suas aeronaves.
Embora algumas empresas tentem justificar tal prática tecnicamente, a superstição ainda predomina como a explicação principal para a decisão.
A Gol, uma das maiores empresas aéreas brasileiras, adotou a omissão da fileira 13 em vários de seus aviões. Segundo a companhia, a ausência deve-se a uma reformulação interna para oferecer maior conforto entre as fileiras 1 e 5, resultando na remoção de fileiras específicas para a criação do serviço Gol+ Conforto.
Para que as saídas de emergência tenham uniformidade, a numeração foi padronizada a partir da remoção das filas 13 e 16.
Impacto no Brasil e casos internacionais
Ainda no contexto nacional, algumas companhias não possuem diretrizes específicas sobre a fileira 13.
A Latam, por exemplo, não adota restrições quanto a esse número, mantendo-o normalmente em suas aeronaves. Já a Azul adquire aeronaves de outras empresas, algumas das quais já operavam sem a fila 13. A omissão, contudo, não é uma política formal da companhia.
Internacionalmente, a prática de pular o 13 não é incomum. A Emirates, operando com o Airbus A380, nunca utilizou esse número em seus aviões.
Outras companhias gigantes e famosas, como Air France, KLM e Korean Air, também evitam o número 13 em algumas de suas frotas, saltando da fileira 12 para a 14.
Controvérsias e incidentes
Apesar das justificativas apresentadas, situações inusitadas envolvendo o número já ocorreram. Em 2013, um cliente processou a Gol ao descobrir que o assento na fileira 13, que ele havia comprado, simplesmente não existia.
A ação judicial foi vencida pelo passageiro, que precisou sair do voo, resultando em uma indenização por danos morais.
Seja por superstição ou estratégia de conforto, a ausência da fileira 13 nos aviões reflete como crenças culturais podem influenciar profundamente práticas empresariais.
Enquanto algumas companhias aéreas seguem essa tendência supersticiosa, outras preferem manter a numeração sem alterações, demonstrando que o simbolismo permanece como um tema controverso na aviação.