A taquigrafia é uma tradicional técnica de escrita rápida que, apesar de antiga, persiste como uma carreira vital em diversos setores. Seja em órgãos legislativos, tribunais ou eventos corporativos, a profissão desempenha um papel crucial na documentação precisa de discursos e debates em tempo real.
Os taquígrafos são responsáveis por capturar oralmente informações e transformá-las em textos legíveis, assegurando a integridade dos registros. Essa atividade, embora exija treinamento específico, prática constante e um entendimento profundo do sistema taquigráfico, ainda atrai muitos interessados.
Valéria Alves, especialista na área, destaca em entrevista ao Jornal de Minas que, além de escrever rapidamente, os profissionais precisam interpretar e traduzir as mensagens de maneira clara.
Isso torna a taquigrafia não apenas uma técnica, mas uma arte que demanda dedicação e habilidade.
Áreas de atuação e relevância
A taquigrafia não se limita ao setor público, já que conferências e audiências judiciais também demandam essa expertise. O profissional taquígrafo se destaca pela precisão na documentação de eventos ao vivo, criando registros permanentes e confiáveis.
Nos tribunais, a exatidão é crucial, garantindo que os depoimentos sejam integralmente capturados. Em sessões legislativas, onde cada palavra pode ter repercussões legais, a precisão é igualmente essencial, assegurando a integridade do processo.
Oportunidades de concurso e salários
Concursos públicos são atrativos para taquígrafos, com salários iniciais variando entre R$ 7 mil e R$ 10 mil.
Exemplos recentes incluem a Assembleia Legislativa de São Paulo, com vencimentos a partir de R$ 10.930, e o Senado Federal, ultrapassando R$ 19 mil de remuneração inicial.
Órgão | Salário Inicial |
---|---|
Senado Federal | R$ 19.000+ |
ALESP | R$ 10.930 |
TRT | R$ 9.000 a R$ 12.000 |
ALEP | R$ 8.300 |
Formação e aprendizado
O aprendizado da taquigrafia pode ser formal ou autodidata. Muitos cursos técnicos e materiais online estão disponíveis para aqueles que desejam ingressar na área, e conhecimentos de português e gramática, além de habilidades de escuta, são fundamentais.
No Brasil, os sistemas mais comuns são o Sistema Brasileiro de Taquigrafia (SBT) e o método Gregg. O tempo de aprendizado varia de seis meses a um ano, dependendo do esforço dedicado ao estudo.
Apesar das inovações tecnológicas, a taquigrafia continua relevante e profissionais da área colaboram com tecnologias como gravações de áudio para garantir precisão e eficiência. Valéria Alves enfatiza que o componente humano ainda é insubstituível, captando nuances que sistemas automatizados não alcançam.
A demanda por taquígrafos persiste, especialmente com a aposentadoria de veteranos da profissão. Para quem deseja ingressar nesse campo, o momento é propício.
*Com informações do Jornal de Minas.