Ainda é novembro, mas ruas de todo o Brasil já respiram as festas de fim de ano, com lojas exibindo suas decorações e casas enfeitadas. Apesar disso, muitos ainda se perguntam: qual a data certa para montar sua árvore de Natal?
A tradição cristã indica que o momento certo de começar a decorar é o primeiro domingo do Advento, que neste ano cai em 1º de dezembro. O ato de montar a árvore, símbolo da festa, simboliza a preparação para o nascimento de Jesus Cristo.
Ana Beatriz Dias, doutora em Teologia com ênfase em Teologia e Sociedade, explicou em entrevista ao jornal Plural que essa prática vai além da religião, representando memórias e tradições familiares.
Contudo, a árvore de Natal nem sempre foi assim como a conhecemos.
Transformações ao longo dos séculos
Inicialmente, as árvores eram adornadas com maçãs, simbolizando o afastamento do pecado, conforme conta a especialista.
Com o tempo, as maçãs foram substituídas por bolas coloridas, dando origem à decoração atual.
Árvore de Natal moderna é enfeitada com bolas coloridas e outros ornamentos. (Foto: WHYFRAME/Shutterstock)
A árvore de Natal carrega consigo raízes em festividades pagãs associadas à fertilidade. Ainda que não haja referência bíblica ao nascimento de Jesus, a data de 25 de dezembro foi oficializada no século IV, durante o reinado de Constantino.
O papel de São Bonifácio
No século VIII, São Bonifácio, missionário na Alemanha, substituiu o culto a Odin pela árvore de Natal. Essa prática se espalhou pela Europa e pelos Estados Unidos no século XIX, chegando à América Latina no século seguinte.
Quando desmontar a árvore?
A tradição cristã sugere quando montar a árvore de Natal e também indica uma data certa para retirar a decoração.
O Dia de Reis, em 6 de janeiro, é tradicionalmente o momento de desmontar a árvore. Essa data coincide com a celebração da Epifania do Senhor, a manifestação de Deus encarnado, marcando o fim do período natalino no calendário cristão.
Assim, entre o Natal e a chegada dos Reis Magos, a árvore de Natal não só decora, mas também mantém viva a memória religiosa e cultural dessas tradições.
Esta é uma das ações tradicionais que reforçam a continuidade entre o passado e o presente.