‘Louro’ ou ‘loiro’: qual é a forma certa, afinal? Entenda a diferença

Ambas as palavras têm origem no latim, mas existe uma incorreta entre elas.



A Língua Portuguesa, rica em nuances e variações, nos apresenta, por vezes, desafios curiosos, como é o caso dos termos “louro” e “loiro”.

As duas palavras descrevem o popular tom de cabelo dourado; no entanto, surgem dúvidas: existe um modo correto e, se sim, qual deles é?

A origem de tais termos remonta ao latim, língua em que a palavra “luteum” significava amarelo ou dourado. Com o tempo, a evolução linguística possibilitou que “louro” e “loiro” coexistissem.

A moça tem cabelos “louros” ou “loiros”? – Imagem: reprodução: Tim Mossholder/Unsplash

Qual é o uso correto: “louro” ou “loiro”?

A resposta, surpreendentemente, é que ambos os termos estão corretos. Hoje, apesar de “loiro” ser mais popular, “louro” ainda é amplamente aceito.

A presença dessas variantes reflete um fenômeno comum de ditongação na língua, similar ao que ocorreu com “ouro” e “oiro”. Dessa maneira, ambas as formas contam com seu espaço na comunicação cotidiana e são usadas conforme a preferência regional ou pessoal.

Contudo, o termo “louro” (ou “loiro”) não se limita a descrever apenas cabelos. Na culinária, por exemplo, a palavra refere-se a uma planta herbácea, usada como tempero.

Já no reino animal, é sinônimo de papagaio, como o famoso Louro José. Tais significados diversos enriquecem ainda mais nossa língua.

Confira alguns exemplos do cotidiano com as duas formas de escrever:

  • A mãe de Gabriela tem cabelo loiro; ela, castanho.

  • Imperadores antigos usavam coroas de louro como símbolo de poder.

  • No fim do expediente, ele sonhava com a coloração loira da cerveja.

  • Minha avó deu uma folha de louro para sorte na carteira.

A associação do tom dourado com figuras icônicas, como Marilyn Monroe, reforçou a popularidade das palavras. A escolha entre “louro” e “loiro” pode, portanto, refletir tanto uma questão de tradição quanto de modernidade.

Por fim, a riqueza da língua portuguesa nos permite escolhas. Sejam as madeixas chamadas de “louro” ou “loiro”, a essência permanece. Essa diversidade linguística é um testemunho da história cultural que carregamos.




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