Pesquisa revela em que idade atingimos o pico da tristeza

Estudo indica qual período da vida representa o momento mais crítico de tristeza para os adultos.



Pesquisadores da Universidade de Dartmouth, sob a liderança de David Blanchflower, revelaram um padrão intrigante de felicidade ao longo da vida. Os achados são fundamentados em dados de meio milhão de indivíduos de 145 países.

A análise sugere que experimentamos um ciclo em forma de U, atingindo o auge da tristeza por volta dos 47 anos. Segundo a investigação, a meia-idade, especialmente próxima aos 50 anos, é um período crítico em termos de bem-estar emocional.

Fatores como ansiedade e solidão se intensificam nessa fase, enquanto a sensação de felicidade diminui. Contudo, após esse período, a tendência é que a felicidade aumente novamente com o avanço da idade.

Os dados mostram que tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, o padrão de felicidade em forma de U persiste, com pequenas variações. Em nações em desenvolvimento, homens e mulheres enfrentam essa fase um pouco mais cedo, ocorrendo aos 43 e 44 anos, respectivamente.

Felicidade ao longo da vida

A pesquisa de Blanchflower também aponta que a instabilidade financeira é determinante para o bem-estar emocional na década dos 40 anos.

Nessa idade, a insegurança gerada pelo desemprego ou por dificuldades financeiras se intensifica, agravando sentimentos de tristeza. A pressão econômica e as expectativas inalcançáveis alimentam a chamada “crise da meia-idade”.

Transição da ambição para as conexões sociais

Jonathan Rauch, em sua obra “The Happiness Curve”, explora como o cérebro se transforma com a idade, deslocando o foco da ambição para as conexões pessoais. Essa transição, embora saudável, pode ser desconfortável e contribuir para a crise da meia-idade.

A percepção de metas inatingíveis gera uma “lacuna de expectativas”, impactando o bem-estar.

Expectativas e satisfações ao longo da vida

Segundo Rauch, jovens frequentemente superestimam a felicidade que conquistas materiais trarão, enquanto os mais velhos aprendem a valorizar a simplicidade. Essa mudança de perspectiva após os 50 anos é crucial para o aumento da felicidade.

O estudo reforça a importância de ajustar expectativas e procurar satisfação em aspectos mais simples.




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