Uma investigação conduzida pela Future em dezembro de 2024 revelou como usuários de chatbots, como o ChatGPT, se comportam em termos de polidez. A pesquisa, que reuniu respostas de 1.028 participantes, foi divulgada pelo periódico TechRadar. Os resultados apontam que, em geral, os usuários mantêm um nível de educação ao se comunicar com inteligências artificiais.
Nos Estados Unidos, 67% dos entrevistados afirmaram manter a cortesia ao interagir com chatbots. Entre eles, 82% destacaram que ser educado, mesmo com máquinas, é essencial, enquanto 18% confessaram temer a possibilidade de uma insurreição das IA no futuro. Por outro lado, 33% dos participantes indicaram que a falta de tempo os impede de serem educados com as máquinas.
ChatGPT recebe tratamento educado da maioria de seus usuários – Imagem: Sergei Tokmakov/Pixabay
No Reino Unido, mais pessoas são mais educadas com ChatGPT
No Reino Unido, os números são ainda mais expressivos, com 71% dos entrevistados adotando uma postura educada ao se comunicar com chatbots. Nesse país, 83% dos educados acreditam que é simplesmente correto agir assim, enquanto 17% compartilham o medo de uma revolta das máquinas; por outro lado, 29% dos britânicos dispensam a gentileza ao usarem o recurso.
Reflexões e opiniões
O fenômeno de ser educado com máquinas tem gerado debates entre especialistas. AJ Ghergich, VP global da Botify, afirmou que a cortesia ao interagir com um programa como o ChatGPT destaca a humanidade intrínseca das pessoas. A surpresa, no entanto, recai sobre o percentual elevado de pessoas que optam por essa abordagem, apontando para um temor inconsciente sobre o futuro das inteligências artificiais.
Esse temor que permeia alguns usuários reflete o impacto de narrativas de ficção científica, como o filme ‘2001: Uma Odisseia no Espaço’, que exploram as possibilidades de uma revolta robótica. No entanto, para muitos, ser educado com chatbots é apenas uma extensão do comportamento humano cotidiano.
Portanto, tal cenário levanta questionamentos sobre como a interação homem-máquina evoluirá nas próximas décadas.
